O consumidor continuou sem ânimo para comprar neste Dia dos Pais: em 2016, as vendas do comércio para a data recuaram 5,2% na comparação com 2015, segundo levantamento nacional da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).
Neste ano, o recuo das vendas para a data foi ainda mais intenso do que o observado em 2015, quando a redução no comércio havia sido de apenas 0,8% ante igual período de 2014.
Assim, na comparação anual, as vendas de presentes para os pais caíram o equivalente a R$ 4,3 bilhões, ou quase 11% em relação ao mesmo período no ano passado.
Os resultados obtidos com base nas estimativas da FecomercioSP mostram que o Dia dos Pais teve desempenho em linha com as outras datas – o que não trouxe grande alento ao varejo.
As esperanças de que a data fosse indicar algum grau de recuperação, ou resultados menos ruins não se confirmou, apesar da melhora - ainda que leve - da confiança do consumidor e do empresário.
As dificuldades ainda presentes no cenário macroeconômico, tais como juros elevados, mercado de trabalho em deterioração e inflação elevada continuam impactando negativamente as vendas em datas comemorativas, afirmam os economistas da Boa Vista SCPC.
“Caso o cenário mais benigno apontado pelas projeções de mercado se consolide, possivelmente poderemos visualizar nas próximas datas comemorativas uma inflexão de tendência”, informam.
PIOR DESEMPENHO
Outro indicador de vendas para o Dia dos Pais, o da Serasa Experian, mostra que as vendas na data comemorativa tiveram o pior desempenho da série histórica, iniciada em 2005.
Na semana anterior à data, as vendas caíram 8,8% em relação ao mesmo período de 2015. No fim de semana do Dia dos Pais, o recuo chegou a 8,7% em todo o país na comparação com o fim de semana equivalente do ano anterior.
Na cidade de São Paulo, as vendas na semana que antecedeu a data comemorativa caíram 8,1% ante igual período de 2015. No fim de semana, as vendas caíram 7,5% em relação ao período equivalente de 2015.
De acordo com os economistas da Serasa, a queda do poder de compra dos brasileiros, tendo em vista o aumento do desemprego e a inflação ainda em patamar elevado, afetaram negativamente o comércio.
“O crédito mais caro e escasso contribuiu para o desempenho negativo desta que é primeira data comemorativa do varejo nacional do segundo semestre”, diz a nota da instituição.
DESACELERAÇÃO
Outro indicador, calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), aponta que as vendas a prazo caíram 7,15%, entre os dias 7 e 13 de agosto – a “Semana dos Pais” - na comparação com igual período de 2015.
Mesmo sendo a terceira queda consecutiva para a data, esta ocorreu em um ritmo menos intenso. No ano passado e em 2014, os recuos foram de 11,21% e 5,09%, respectivamente, após uma trajetória de alta no indicador que vinha se mantendo desde 2010.
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a intenção de presentear era alta, mas neste ano houve um redirecionamento para os itens mais baratos e geralmente pagos à vista.
“Os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas”, concluiu a economista.
Foto: Thinkstock
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