O varejo brasileiro deve fechar o ano de 2016 com recuo de 3,3% no volume de vendas, menor do que a queda registrada em 2015 (-4,3%). É o que aponta projeção da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que abrange o varejo restrito nacional, ou seja, não inclui automóveis e material de construção.
Elaborada pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, a projeção sugere que a queda das vendas deverá atingir seu máximo em maio e junho: em ambos os meses, a diminuição será de aproximadamente 6%, considerando-se a variação em 12 meses.
Já a partir de julho, o setor deve começar a se recuperar – mas ainda ficará em campo negativo. O Instituto utilizou como base o Índice Nacional de Confiança ACSP/Ipsos.
Desta forma, apesar de o varejo continuar em forte crise, a projeção sugere que o setor pode ter chegado ao "fundo do poço”, em linha com a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), iniciando depois certa recuperação.
Os resultados podem ser explicados pelo fato de que existem itens de consumo básico difíceis de diminuir, como alimentos e remédios. Também refletem os efeitos da menor base de comparação, da redução dos estoques de segmentos importantes e de expectativas mais positivas por parte do consumidor.
“São sinais positivos. Sinais de que o pior parece ter passado. Embora ainda no terreno negativo, os indicadores apontam para melhora do estado de espírito do consumidor, do empresariado e da indústria. É o primeiro passo para o comércio e o Brasil voltarem a crescer”, comenta Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Veja, no anexo, a projeção “Ciclo das vendas do varejo nacional – efetivo X projetado - março/2007 a dezembro/2016 (% 12 meses)”
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