A afirmação é de Fernando Chacon (na foto), novo presidente da Rede, empresa de meios de pagamento eletrônico do Itaú
Nos próximos meses, começam a circular em São Paulo as novasmáquinas de cartão da Rede (ex-redecard). O equipamento é bem diferente das que os estabelecimentos comerciais costumam utilizar.
Em vez de seguir a tendência de dispositivos cada vez menores, o novo modelo é bem maior que os anteriores e lembra um tablet.
A máquina – desenvolvida pela startup americana Poynt Co, empresa do Vale do Silício – realiza operações de pagamento como as demais, mas oferece diversas funções que prometem modificar a relação entre os lojistas e as empresas credenciadoras.
Por meio do equipamento, os comerciantes poderão ter acesso a uma série de aplicativos para ajudar na gestão dos estabelecimentos. Um restaurante, por exemplo, poderá ter acesso a apps de reserva de mesas e fluxo de caixa diretamente na máquina.
O sistema terá código aberto, o que permite que os desenvolvedores criem novos aplicativos para o dispositivo.
De acordo Fernando Chacon, presidente da Rede, a nova tecnologia tem um objetivo claro: oferecer produtos e serviços para se diferenciar da concorrência em tempos de recessão econômica.
A nova máquina será testada inicialmente em 4 mil pontos comerciais. Se o projeto der os resultados esperados, a empresa deve encomendar mais 40 mil dispositivos até final do ano.
MERCADO
Em meados da década de 1990, o uso de cartões crédito e débito começaram a ser massificados no Brasil. Desde lá até 2014, o mercado de meios de pagamento eletrônicos cresceram uma média de 20% ao ano.
O cenário começou a sofrer transformação no segundo semestre de 2015, quando o índice de confiança do consumidor caiu, a inflação subiu e o medo do desemprego começou a diminuir a intenção de compra. Pela primeira vez, o setor experimentou uma taxa de crescimento de apenas um dígito.
Em 2015, a Rede atingiu R$ 4,02 bilhões de transações em cartões de débito e crédito, um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior. Para 2016, a expectativa é de um crescimento entre 3% e 5,5%.
Além da recessão, outro desafio que a Rede vem enfrentando nos últimos anos é a concorrência. Novas empresas apareceram no setor de pagamentos eletrônicos, algumas conquistaram importantes fatias do mercado e outras ainda buscam seu lugar ao sol.
“Essa competitividade estimula a busca por inovações e alternativas”, afirma Chacon. “Se no passado a evolução das maquininhas demorava mais de 20 anos para acontecer, hoje, testamos novas tecnologias todos os dias.”
Se por um lado, essas novas empresas estimulam mudanças no setor, por outro elas começaram a pressionar os valores das tarifas. Hoje, a Rede – que tem 35% do mercado – não pretende entrar na briga pelos menores valores.
“A Rede não foi agressiva com os preços e não pretende ser”, afirma Chacon. “Vamos nos diferenciar da concorrência pelo o conjunto de ofertas, e não pelo preço das tarifas.”
Como os custos das credenciadoras são elevados, o presidente da Rede acredita que os competidores menores que entraram no mercado nos últimos anos, só conseguiram se manter se atingirem escala.
CRISE
Para continuar no ritmo de crescimento esperado para esse ano, apesar do cenário econômico desfavorável, a empresa pretende buscar alternativas.
Uma delas é aumentar a penetração em mercados em que os meios de pagamento eletrônico ainda são baixos, principalmente em setores em que o pagamento é recorrente, por exemplo, escolas e condomínios.
A outra face dessa moeda é trabalhar em parceria com os comerciantes que já utilizam os terminais da empresa. A Rede percebeu que uma das maiores preocupações dos lojistas atualmente é o controle financeiro.
Muitos comerciantes precisam de ajuda com a gestão, considerado o maior motivo de insucesso dos pontos de venda. A estratégia da empresa é prestar serviços que auxiliem esses comerciantes a gerir seus negócios.
“Uma das ofertas que fazemos para os lojistas é a adequação da captura das transações com fluxo de caixa”, diz Chacon.
Para os micro e pequenos comerciantes, a principal vantagem oferecida pela Rede, de acordo com Chacon, é antecipação de recebíveis e os serviços financeiros. “A nossa taxa de antecipação varia muito, mas é a menor do que a dos concorrentes porque temos uma penetração maior”, afirma.
Para os próximos anos, a Rede deve trabalhar para que os pagamentos se tornem cada vez mais imperceptíveis. O Itaú adquiriu uma parte da Conectcar – empresa de pagamento de pedágios e estacionamentos e maior concorrente da Sem Parar. A Rede deverá atuar em parceira com essa empresa para facilitar cada vez mais os meios de pagamento.
O presidente da Rede é otimista em relação ao futuro do mercado. Ele acredita que quando a economia a crescer novamente, o setor voltará a atingir a casa de dois dígitos.
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