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Vaidade das vaidades, tudo é vaidade: O capital da vaidade e o consumo da beleza

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Notícias 26 Jan, 2018
O denominado Capital da Vaidade, segundo relatório do Bank of America, é responsável pelo movimento de US$ 4,5 trilhões de dólares no mundo, dispendidos em produtos e serviços destinados a melhorar a aparência, confiança e prestigio

O antigo testamento em seu livro Eclesiastes, da tradição cosmológica bíblica, prenuncia em seu início: “vaidade das vaidades, tudo é vaidade”. Sendo um dos 7 pecados capitais, conhecido também como pecado “capital dos capitais”, a palavra vaidade deriva do latim vanitas que significa: vão, vazio.

Entretanto, no contrassenso do termo religioso e filosófico que pressupõe o vazio, na economia a vaidade movimenta trilhões de dólares anualmente. Em uma reportagem veiculada pela Revista EXAME, no ano de 2015, o denominado Capital da Vaidade, segundo relatório do Bank of America, é responsável pelo movimento de US$ 4,5 trilhões de dólares no mundo, dispendidos em produtos e serviços destinados a melhorar a aparência, confiança e prestigio. Esse valor é maior que o PIB da Alemanha.

Além de gastos com cosméticos, tratamento de beleza, resultado de novos papéis de gênero e hierarquias em mutação, as redes sociais também aparecem no relatório como fator que impulsionam esse consumo. A chamada Síndrome de Missing Out ou FOMO (Fear Of Missing Out), conforme apontam os psicólogos Andrew Przybylski e Patrick McGinnis, é definida como o medo de que outras pessoas tenham boas experiências que você não tem. Ver seus “amigos de Facebook” curtindo um final de semana melhor do que o seu, indo viajar para países mais caros que a sua ultima viagem, ou adquirindo aquele iPhone, podem levar os consumidores a adquirir produtos por vaidade, injetando mais capital segmentado na economia.

Para se ter uma medida de como esse mercado evoluiu em Franca, pelo menos nos últimos 13 anos, segundo dados do Instituto de Economia ACIF, atualmente existem no município 1.258 estabelecimentos voltados aos cuidados pessoais, como: tratamento de beleza, saúde dos pés, dentre vários outros. Se analisarmos a abertura dessas empresas entre os anos de 2004/2010, constata-se 130 novos estabelecimentos. Já entre 2011/2017, foram abertos 1.057, mais de 700% de crescimento.

Outra atividade importante são os cabelereiros, que no Anuário Estatístico de 2017 ACIF – Abertura de Empresas, ficou em primeiro lugar dentre o Setor de Serviços, como a atividade que mais abriu estabelecimentos nesse período. Houve um aumento de 46,19% na abertura desse tipo de atividade, se comparado a 2016.

Portanto, da tradição bíblica que nos ensina, conforme anunciado no Coélet, que embaixo do sol tudo é vento que passa, nuvens de nada, a economia nos coloca num subterfugio mostrando a importância desse setor onde o consumo da beleza persiste nas mais desastrosas recessões. De fato, como a vaidade sempre nos ensinou, desde a torre de babel, parecer pode ser tão importante quanto ter – e isso o capitalismo sempre entendeu muito bem.

 

Adnan Jebailey

Economista do Instituto de Economia ACIF

 

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