Por Deisy de Assis
Os recursos tecnológicos que incrementam a expansão do e-commerce estão conquistando os varejistas de lojas físicas. O mercado já dispõe de softwares e equipamentos desenvolvidos para melhorar o planejamento e o rendimento dos donos de micros, pequenas e médias empreesas.
É o caso das dez farmácias da Droga Exxa, com unidades espalhadas entre Campinas, Indaiatuba e Sumaré. Para a rede, adquirir a Tecnologia Eletrônica de Fundos (TEF) da empresa Cappta foi fundamental para reduzir custos e rotatividade de funcionários. De quebra, aumentou a segurança nas transações com cartões bancários.
O TEF é operacionalizado com o fornecimento de máquina para pagamentos com cartões de qualquer bandeira e um sistema que integra os dados processados no equipamento ao do comércio e dos servidores da Cappta.
“Reduzi a zero a possibilidade de pagamentos errados, pois, com o cruzamento de dados, o sistema só permite que seja pago o valor exato da compra”, diz o gerente geral das lojas, Danilo Aparecido Beneton.
Segundo o gerente, o equipamento fez cair a rotatividade de funcionários do caixa, evitando longos processos seletivos. Também proporcionou a redução de mais de 50% nos custos que eram contabilizados antes com as máquinas de cartão convencionais.
“Antigamente, eu usava de cinco a oito máquinas em cada loja, e agora tenho apenas uma, que está apta a aceitar todas as bandeiras de cartões”, diz Beneton.
Monitoramento
Caminhando na mesma direção, a empresa FX, lançou, no ano passado, um aparelho capaz de identificar quantas pessoas passam em frente à loja, quantas entram e o número de visitas que se convertem em vendas.
Trata-se de equipamento semelhante a um pen drive, que é fixado próximo à entrada dos comércios e conectado ao computador, sem a necessidade de cabos. “Com ele, o varejista obtém indicadores para estatísticas que mostram a real situação de suas lojas, o que ajuda a direcionar o planejamento estratégico”, diz o CEO da FX, Marcelo Tavares.
Ele destaca que, com base em dados de consumidores que entram e quantos deles compram, o varejista pode entender melhor o fluxo do seu comércio e identificar pontos a serem melhorados para alavancar as vendas. “Em breve, vamos oferecer uma nova funcionalidade, que mostrará também as áreas mais atrativas da loja”, conta o executivo.
Alta adesão
A adesão dos varejistas de estabelecimentos físicos tem se expandido. Para se ter uma ideia, em menos de um ano, a FX já forneceu o equipamento para mil lojas e mais 50 shopping centers. A corporação também é responsável pela medição do fluxo de consumidores divulgada nos balanços oficiais da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce).
“Até o fim do ano, a intenção é aumentar em 30% o número de shoppings atendidos e triplicar a quantidade de lojas com o equipamento”, prevê Tavares.
As perspectivas da Cappta seguem o ritmo de expansão. "Esperamos o acréscimo de 10 mil novos clientes em todo o Brasil, para fechar o ano com aproximadamente 28 mil lojas atendidas, com foco no pequeno varejista", diz o sócio diretor da empresa, Thiago Teixeira. Em relação ao faturamento, a crise também passa longe: a projeção é de saltar dos atuais R$ 20 milhões para R$ 30 milhões, até o fim de 2016.
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