O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central foi ao encontro das expectativas do mercado e reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 1 ponto percentual na reunião finalizada ontem (26). Com a queda, a taxa fica agora em 9,25% ao ano – o menor patamar alcançado em quatro anos. Esse foi o sétimo corte seguido na taxa, que em outubro de 2016 estava em 14% ao ano.
A Selic é o principal instrumento de política monetária do País. Ela tem o papel de balizar a atividade econômica e controlar a inflação. Quando o IPCA está com resultados altos, o BC tende a subir a Selic – já que os juros mais altos desincentivam o consumo da população e investimento das empresas, além de estimularem a poupança.
Por outro lado, quando a inflação dá sinais de controle, abre-se espaço para cortes na taxa, impulsionando a economia do País. Em junho, o IPCA apresentou o primeiro resultado negativo em 11 anos. Segundo o Boletim Focus, que reúne expectativas do mercado financeiro, a previsão agora é de que a inflação feche o ano em 3,33%, abaixo do centro da meta.
Nas reuniões do Copom, tão importante quanto a decisão em si é a perspectiva colocada para o próximo encontro. Em comunicado, o comitê indica que deve manter o ritmo de corte se o cenário econômico permanecer dentro do esperado. Até o fim do ano, a Selic deve chegar a 8% ao ano.
Como ficam as suas dívidas?
Após o anúncio do corte da Selic, alguns bancos já anunciaram reduções nos juros cobrados do consumidor nas operações de crédito. Para a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), no entanto, esse impacto ainda pode ser considerado pequeno. “Este fato ocorre uma vez que existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas de juros cobradas aos consumidores”, afirmou a instituição em nota.
Para se ter uma ideia, hoje a pessoa física paga em média 141,88% ao ano de juros nas operações de crédito, enquanto a taxa básica está em 10,25% – a variação é de mais de 1200% entre as pontas. Com a redução da Selic, a Anefac estima uma queda na média de 141,88% para 139,73% ao ano.
E como ficam os seus investimentos?
Já sobre os seus investimentos em renda fixa, o efeito da queda da Selic é mais direto – visto que a remuneração acompanha o patamar da taxa. Não que essas aplicações ainda não possam trazer bons rendimentos – principalmente porque a inflação também tem caído -, mas com a Selic em um dígito e a perspectiva de novas reduções elas começam a perder atratividade.
Para saber se um título público ou privado está valendo a pena, é preciso simular a rentabilidade que ele poderá lhe trazer enquanto mantiver o dinheiro investido – veja aqui como o prazo de investimento pode influenciar a sua escolha – e compará-la com a da poupança.
Uma dica é não aceitar a primeira oferta do seu banco. É possível encontrar no mercado CDBs que pagam mais de 100% do CDI (taxa usada pelos bancos para trocar dinheiro entre si e que é muito próxima à Selic) e LCIs (sem tributação) que pagam mais de 90%. Conhecer seus objetivos e fazer as contas é fundamental para garantir um bom negócio.
Segundo a Anefac, no cenário de queda da taxa básica, os fundos de investimento também começam a perder competitividade em relação à poupança. Segundo a instituição, a caderneta está apresentando melhores resultados em qualquer cenário se o resgate do fundo for feito antes de completados seis meses. Além disso, os fundos só apresentam resultados superiores à poupança quando a taxa de administração for inferior a 1% ao ano.
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