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Redes de calçados ampliam atuação para superar a crise

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Notícias 08 Abr, 2016
Setor sente o impacto dos ajustes da economia. Grendene e Alpargatas sustentam faturamento com exportação

Setor sente o impacto dos ajustes da economia. Grendene e Alpargatas sustentam faturamento com exportação

O anúncio do fechamento de lojas da Shoestock, após quase 30 anos de atividades, ilustra bem o desempenho do varejo calçadista que vem registrando repetidas quedas.

O cenário de pessimismo em todos os setores do varejo preocupa as entidades do setor, que pela primeira vez encomendaram uma pesquisa detalhada sobre o comportamento do consumidor.

A resposta veio em sintonia com o restante do mercado. O atual cenário político associado à insegurança no emprego causou uma transformação no consumo, alterando automaticamente, o planejamento de compra dos lojistas.

Realizado pela Kantar Worldpanel, a pedido da Ablac (Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados), e da Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), o estudo mostra que o número de pares comprados, no segundo semestre de 2015, caiu 7,4% e o valor gasto com o item teve redução de 9,1%.

Ainda de acordo com a pesquisa, houve um aumento de 3,4% no número de compradores nas lojas e 77% dos lares compraram pelo menos um par de calçado em 2015. A frequência de compra foi de 3,9 vezes ao ano e, em cada visita à loja, 1,4 par foi adquirido, a um preço médio de R$ 55,60.

Diante da instabilidade econômica, algumas empresas têm apostado no mercado externo para sobreviver à crise. A indústria calçadista de Franca, a 344 quilômetros de São Paulo, um dos principais polos produtores do país, vem trabalhando para aumentar as suas exportações.

“A alta do dólar alavancou esse tipo de venda nos últimos meses”, diz Imad Esper, presidente da Ablac. O mais prudente, na opinião de Esper, para quem está restrito ao mercado interno, é que o valor investido em estoque seja reduzido em até 15%.

“Quem não buscar alternativas, como preços mais baixos, produtos diferenciados, e redução de custos vai sentir a crise na pele.”

EMPRESAS

Com um faturamento de R$ 2,5 bilhões, o grupo Paquetá, que engloba as marcas de calçados Dumond, Capodarte, Lilly’s Closet e Ortopé, trabalha com exportação há 45 anos. 

Em momento de recessão, a estratégia é aumentar eficiência por meio de soluções tecnológicas de gestão para reduzir estoque, custos, e despesas, de acordo com Eduardo Smaniotto, diretor de compras e vendas do varejo multimarcas da Paquetá.

 Além disso, a intenção é diminuir o volume de mercadorias dentro das lojas, para obter um giro mais rápido de todos os produtos. 

O investimento em novas ferramentas resultou em um crescimento de 5,4% (sem descontar a inflação), em 2015, e reduziu em 25% o tempo de estoque da empresa que produz 65 mil pares por dia, em oito unidades.

Com operação na BM&FBovespa, as marcas Alpargatas, Arezzo e Grendene acompanharam o mercado e terminaram o ano com perdas. Tendo como público alvo as classes A e B, a Arezzo registrou uma retração de 1,9% no volume de vendas.

Já a Grendene, em 2015, comercializou 180,4 milhões de pares -uma queda de 12% no volume de vendas. A Alpargatas apresentou uma retração acima da média de 6,2% no total de pares vendidos em 2015, chegando a 237,2 milhões de pares.

Por outro lado, ambas as marcas apresentaram melhora no desempenho do mercado externo. A desvalorização do real tornou o produto nacional mais competitivo em comparação com a Índia, China e Turquia.

 A Alpargatas, por exemplo, viu seu volume de vendas reduzir em 1,5% no mercado externo. No entanto, em receita, a marca avançou 47,2%, totalizando R$ 1,69 bilhão.

*Foto: Thinkstock

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