Professor do curso de design de interiores do Senac Franca dá dicas para a montagem

Não é uma tarefa fácil não. Exige técnica e dedicação, além de uma análise de custo benefício, orienta o professor do curso de Design de Interiores e Moda do Senac Franca, Vicente Raymundini Neto, sobre a aplicação de dicas de visual merchandising para a montagem de vitrine na época mais desejada do ano para o comércio, o Natal.

Especialista em construir elementos de composição visual que atraiam as pessoas ao interior de cada estabelecimento, o professor elencou alguns pontos principais que devem ser observados na hora da montagem da vitrine natalina.

Regra número 1 – Presépio: nunca deve ser colocado na vitrine, no máximo próximo ao Caixa. É uma forma de respeito a todas as religiões e não ocupa espaço de um produto.

Regra número 2 – Árvore de Natal: elemento forte em uma residência e não na vitrine de uma loja. Ela tira espaço dos produtos. A dica é usá-la em um canto da loja.

Regra número 3 – Papai Noel: também é um elemento robusto que só deve ser utilizado na fachada ou dentro da loja, nunca na vitrine.

Segundo o professor, o lojista deve trabalhar com a valorização de elementos para enaltecer o produto, no caso de festões, laços e bolas. “São elementos cenográficos, que devem ocupar de 1/3 ou ¼ da vitrine, dependendo do tamanho disponível. Vale lembrar, que enfeite é em casa que se usa”, reforça.

Vicente aconselha que antes da montagem, o responsável deve se preocupar em utilizar materiais bacanas, de qualidade e com preço acessível, sempre calculando o custo-benefício de cada item. “Em alguns casos, compensa investir um pouco mais e adquirir um produto que você utilizará mais vezes e não só no Natal”.

O professor diz que o grande erro da maioria dos lojistas é não uso da iluminação correta. “O lojista precisa saber identificar cor, forma e textura e essa regra, vale para todo tipo de estabelecimento. De uma loja de pneu até uma padaria”, exemplifica.

Para uma vitrine, cujo objetivo é apresentar ou expor um produto, Vicente destaca que a luz do local deve sobressair à iluminação externa e ter temperatura de 4 mil k (kelvin). Como a temperatura da cor se mede em graus kelvin, a cor varia conforme o aumento da temperatura — desde o tom vermelho fosco, passando pelo laranja, o amarelo, o branco, o branco azulado, até chegar finalmente ao azul.

“É preciso seguir uma tabela e usar o mesmo tipo de luz na vitrine, no provador e no balcão. Já no interior da loja, o indicado é uma lâmpada de 6,5 mil kelvin. Quando o lojista não entende ou enfrenta dificulta nessa área, o indicado é chamar um designer de interiores ou mesmo um arquiteto que saiba de iluminação”.

 Dicas valiosas:

- sempre colocar a iluminação de cima para baixo.

- luz que pisca não é interessante (pisca distorce), sempre preferir luz parada.

- colocar elementos cenográficos ao fundo, no chão e nunca em primeiro plano.

- tecido dourado deve ser sempre usado como base (no chão).

- tecido vermelho, de preferência fosco, pode ser usado como pano de fundo.

- tecidos com variações de verde, também podem ser utilizados como pano de fundo.

- juta verde ou natural pode substituir tecidos de fundo, exceção juta com brilho que só deve ser utilizada no chão.

 Escolhendo a iluminação:

*Pisca: para contornar a vitrine ou colocar de fundo, a partir de R$ 12.

* Mangueira de led: na fachada ou como moldura da vitrine, a partir de R$ 7 o metro.

* Neon de led: fita flexível colorida que permite inúmeras aplicações, a partir de R$ 25 o metro.

* Neon de background: oferece profundidade e diversas aplicações, a partir de R$ 50 o metro.

* Fita de led com sistema RGB: faz referência aos tons de vermelho, verde e azul para compor imagens coloridas nas telas, a partir de R$ 140 o metro (indicado a partir de 60 pontos por metro linear).

*lâmpadas nebulosas: iluminação decorativa para chamar a atenção do cliente, a partir de R$ 25.

*mega refletor: utilizado para iluminar ambientes maiores, a partir de R$ 129.