As exportações brasileiras estão em alta. Em setembro, a balança comercial registrou superávit de US$ 5,178 bilhões em setembro. Trata-se do melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1989.
De janeiro a setembro, a balança acumula saldo positivo de US$ 53,283 bilhões. O valor também é o maior da história.
Há uma categoria empresarial que possui importante participação no sucesso das exportações. São as empresas comerciais importadoras e exportadoras, que analisam o mercado externo, desenvolvem relações com compradores estrangeiros e mapeiam as melhores oportunidades em diferentes áreas.
Essas empresas ajudam pequenas indústrias a encontrar bons clientes fora do país.
Para fomentar a relação entre pequenas e médias empresas e compradores internacionais, será realizado em São Paulo, a partir da próxima segunda-feira (16/10), o IX Encontro Brasileiro de Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras.
Durante três dias, mais de 200 indústrias brasileiras - que pretendem começar a exportar ou buscam conquistar novos mercados internacionais - terão oportunidade de conhecer empresas comerciais exportadoras e ter contato com compradores estrangeiros.
O evento é uma realização do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx) e da Apex-Brasil, com apoio da Associação Comercial de São Paulo.
Ricardo Santana (foto), diretor de exportações e promoções da SP Negócios, será um dos participantes do evento.
Ao Diário do Comércio, o executivo falou sobre o panorama das empresas exportadoras em São Paulo e como a SP Negócios tem fomentado as exportações na cidade.
Quais fatores tem fomentado a exportação entre as empresas paulistanas?
Há diferentes fatores que fazem com que a exportação entre na agenda dos empresários. Entre os principais motivos está a não dependência do mercado doméstico, que retraiu devido à recessão econômica. Buscar compradores fora do país é uma alternativa para a indústria não ficar ociosa.
Quando as empresas exportam, tendem a melhorar a competitividade, pois é necessário que elas aprimorem seus produtos e processos para concorrer com empresas de diferentes lugares do mundo, e que atuam num mesmo mercado.
Eu acredito que exportação não é algo que se decide. Quem não exporta, será pressionado pelas empresas estrangeiras que atuam no Brasil. E exportar é uma forma de ganhar competitividade e melhorar a gestão da empresa.
Quais são as maiores dificuldades que uma pequena ou média têm para exportar?
A SP Negócios atua num processo de catequização, de abrir os olhos do empresário para a importância do mercado internacional.
Uma das dificuldades que eles enfrentam é o de realizar um estudo do mercado que pretendem atuar. Pois, além de identificar o potencial no mercado, é necessário avaliar quais empresas, locais e internacionais, atuam neste mercado. O grau de concorrência pode mudar totalmente a viabilidade de um projeto de exportação.
Outro fator é a necessidade de adequação dos produtos para as normas do país de destino e a necessidade de certificações específicas para iniciar a comercialização.
Como a SP Negócios atua para fomentar as exportações?
Estamos sempre alinhados com outras entidades, como Apex e CECIEx. Nosso suporte se dá em parceria com essas instituições. Há duas frentes de trabalho. A primeira é a capacitação das empresas. Atuamos principalmente em inteligência financeiro e na área comercial.
Ao mesmo tempo, realizamos promoções comerciais, que são eventos que reúnem compradores internacionais e empresários brasileiros, com potencial para fechar negócios. São encontros de relacionamento em que os estrangeiros costumam visitar a empresa e conversar pessoalmente com os empresários.
Quais são os setores de destaque entre as empresas exportadoras da cidade de São Paulo?
Hoje, a cidade de São Paulo possui 1,6 milhão de empresas, mas apenas 3.251 são exportadoras.
Cerca de 90% das empresas industriais exportadoras no município apresentam perfis de iniciantes. Exportam até US$ 1 milhão por ano, em vendas esporádicas. Nas primeiras investidas comerciais no exterior é comum que a empresa busque segmentos de atuação onde é mais competitiva.
Os setores de destaque da indústria são alimentos (que representam 10% do volume exportado), máquinas e equipamentos (10%); autopeças (5%) e têxtil e confecções, metalurgia, arte e química (que somam com 4%).
Entre empresas de serviços, tem destaque os setores de comunicação, logística, transporte, distribuição, produção audiovisual, alimentação e serviços educacionais.
Os principais destinos das exportações são Estados Unidos, Bélgica, Índia, Argélia, Venezuela, Coreia do Sul, Irã, Argentina e África do Sul.
Parte das pequenas e médias empresas tem como característica atuar em nichos e ter maior grau de inovação. Isso é um diferencial competitivo para exportar?
Atuar em nichos e com grau de inovação depende da vocação da empresa. Mas é sim uma forma de agregar valor aos produtos e pode ser uma lacuna bem explorada.
São exemplos de nichos de exportadoras paulistanas os segmentos de moda praia, com marcas que se diferenciam pelo design; de produtos de tratamento capilar, que fornece para salões de beleza; e fabricantes de comidas tipicamente brasileiras, como pães de queijo, tapioca, molhos e especiarias, que encontraram grande potencial no mercado de produtos veganos, naturais e até gourmet.
Serviço
IX Encontro Brasileiro de Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras
Data: 16 a 18 de outubro de 2017
Local: Hotel Tivoli Mofarrej – Al. Santos, 1437 - Cerqueira César, São Paulo/SP
IMAGEM: Thinkstock
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Franca - SP - CEP 14400-670
Atendimento:
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