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Que tal gastar menos de 5 minutos no caixa do supermercado?

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Notícias 24 Out, 2016
Um novo sistema automatizado de leitura de código de barras vai economizar tempo dos clientes nas lojas. O primeiro scanner começa a operar em Curitiba

Se há algo capaz de irritar o consumidor em um supermercado, além do preço alto, são as filas nos caixas para pagar as mercadorias.

Com a crise, o movimento nas lojas até que caiu, mas, ainda assim, tem cliente que gasta mais tempo no checkout do que para encher o carrinho.

A Datalogic, uma das maiores fabricantes de captura automática de dados e automação industrial do mundo, pretende minimizar a ira dos consumidores ao menos em relação ao quesito tempo de compra.

A empresa de origem italiana, com sede em Bolonha, desenvolveu um sistema de leitura automatizada de código de barras, batizado de scanner Jade, capaz de agilizar o processo para o pagamento de uma compra em supermercado.

Com alguma prática, um operador de caixa consegue registrar de dez a 13 produtos, em média, por minuto. O Jade lê de 45 a 60 itens por minuto, podendo chegar a 100 unidades, com esteira em alta velocidade.

O scanner Jade é definido como um portal de tecnologia de imagem, composto por 18 câmeras, sendo uma delas colorida.

SISTEMA PODE LER ATÉ 100 ITENS POR MINUTO
 

O sistema tem a função de identificar o código de barras e ou a imagem do produto e ainda calcular volume, evitando que algum item passe pelo leitor sem ser registrado. O leitor usado hoje em supemercados lê apenas o preço.

As mercadorias podem ser colocadas pelo consumidor sobre a esteira em qualquer posição e, à medida em que passam pelo scanner, os códigos de barras são lidos. Os produtos sem códigos de barras também são reconhecidos por meio de imagens.

O Jade é diferente do self checkout, sistema já bastante utilizado nos Estados Unidos, e que começa chegar ao Brasil, que permite que o próprio consumidor passe os produtos pelo leitor e faça o pagamento com cartão.

“O self checkout é usado para pequenos volumes. O Jade é um sistema de caixa expresso para compras maiores, para o cliente que está com o carrinho cheio”, afirma Fábio Lopez, diretor de vendas da Datalogic para Brasil e Sul da América Latina.

A nova tecnologia, criada há dois anos, e lançada na feira da Apas(Associação Paulista de Supermercados) neste ano, já está sendo utilizada por uma das maiores redes de supermercado de Nova Jersey, nos Estados Unidos - a ShopRite.

Tiago da Luz Nascimento, diretor de relações internacionais da Afrac (Associação Brasileira de Automação para o Comércio), esteve em uma loja do ShopRite no início deste ano para ver a nova tecnologia em uso.

“Observamos que o processo de colocar as mercadorias na esteira, conferir, pagar e embalar os produtos não demora mais do que cinco minutos. Alguns clientes disseram que estavam frequentando a loja somente por causa da rapidez do processo”, diz ele.

No Brasil, a primeira rede a usar o sistema será a Condor, de Curitiba, com 43 lojas em 15 cidades do Paraná, de acordo com Nascimento. A nova tecnologia, diz ele, será apresentada pelo supermercado em uma de suas lojas em novembro.

Com faturamento anual de R$ 3,8 bilhões, 11 mil funcionários e 4 milhões de clientes, a rede Condor já é conhecida por adotar novas tecnologias em seu processo de gestão.

Um supermercado mineiro também deve utilizar o sistema a partir do final deste ano e início do próximo, de acordo com Nascimento.

A rede de supermercados São Vicente, de Americana, com 1,5 milhão de clientes na região de Campinas, interior de São Paulo, também está ‘namorando’ o Jade. O negócio ainda não foi fechado, de acordo com informações da rede, por conta de custos.

O sistema utilizado pelo ShopRite é uma solução com três saídas (três esteiras) para os produtos, a um custo que pode chegar a US$ 300 mil.

No caso do Brasil, de acordo com o diretor de relações internacionais da Afrac, a Datalogic desenvolveu um novo padrão, com tamanho próximo ao do checkout tradicional, o que possibilitou uma redução de custos.

A solução custará cerca de US$ 45 mil a US$ 55 mil no Brasil, de acordo com Nascimento. O leitor (nomalmente vertical) usado hoje no país custa R$ 1.500, de acordo com Zenon Leite Neto, presidente da Afrac. 

O lançamento do Jade no país está sendo feito em parceria com a Fast Gôndolas, empresa responsável pelo desenvolvimento docheckout para a nova tecnologia da Datalogic.

“Com a produtividade equivalente ao trabalho de cerca de seis a oitocheckouts tradicionais, o Jade consegue aliar a agilidade de atendimento à disponibilidade de funcionários para relacionamento com o cliente”, diz Valdevir Guerra, diretor da Fast Gôndolas.

Nos Estados Unidos, o sistema também tem sido utilizado para separação e emissão de pedido de clientes, e entrada de mercadorias que vão para estoque.

Veja como funciona no vídeo abaixo:

FOTOS: Divulgação e Fátima Fernandes/Diário do Comércio

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