Nada de bola de cristal, o futuro está sendo feito agora – e as empresas que souberem identificar comportamentos emergentes na sociedade estarão mais preparadas para atender os consumidores do amanhã.
E como vislumbrar o que ainda parece uma incógnita?
O segredo é jogar os preconceitos fora e mudar com o mundo. Essa foi a recomendação dos especialistas em tendências Daniela Dantas, diretora de projetos especiais da WGSN Mindset e Peter Kronstrom, diretor da CIFS Latam, que se reuniram em um debate na BR Week 2016, evento sobre varejo, realizado nesta semana na capital paulista.
“O trabalho de identificar tendências é baseado em mapear novos comportamentos sociais que começam a ser recorrentes”, afirma Daniela.
Uma forma de iniciar pesquisas em busca do novo é observar o universo da moda, artes e startups – negócios de base tecnológica que solucionam necessidades e desejos que, em muitas vezes, nem o consumidor tinha total consciência de que possuía.
E falar em consumidor é falar de pessoas – um dos focos dos estudos sobre tendências. De acordo com Daniela, é possível identificar tendências significativas de acordo com gerações.
A Geração Z – aqueles que nasceram após 1995 – não conheceu o mundo sem a internet. São jovens conectados que encontram infinitas utilidades nas redes sociais, seja para marcar atos políticos, como os movimentos a favor da CPI da Merenda, em São Paulo, seja para confrontar marcas, que eles tratam como pessoas.
Por outro lado, há uma parcela de pais pertencentes a Geração Y (nascidos entre 1980 e 1995) que criam os filhos sem acesso a TV. Não pense que eles desejam privar as crianças do que acontece no mundo. Na verdade, esses pais costumam selecionar o conteúdo que os filhos terão acesso por meio de serviços como o Netflix.
“Uma das prováveis consequências é que, no futuro, essas crianças serão acostumadas a fazer curadoria de informação e não serão impactadas por propagandas tradicionais”, afirma Daniela.
E o consumidor aposentado? Nada de chamá-los de “velhinhos”. Há a tendência da gerontolescência, em que consumidores com mais de 60 anos muda o que o senso comum conhece por “terceira idade”. Os novos "idosos" possuem boa renda, saúde e tempo livre para curtir a vida e consumir – e muitos estão numa fase de redescoberta, daí a comparação com adolescentes.
VAREJISTAS COM UM PÉ NO FUTURO
Algumas tendências estão sendo usadas estrategicamente por varejistas. "É o caso da tendência de hiperindividualização, em que consumidores almejam produtos e experiências de compra totalmente personalizados", afirma Kronstrom.
Na loja conceito da rede japonesa Muji, em Nova York, que vende de eletrodomésticos a acessórios para maquiagem, os consumidores participam de workshops para montar seus próprios produtos.
É possível, por exemplo, criar aromas escolhendo 48 elementos olfativos diferentes para usar no difusor vendido pela marca.
A loja também disponibiliza uma linha de roupas de base neutra em que os clientes podem escolher mais de 100 desenhos diferentes para criar estampas únicas nas peças.
Na loja online da varejista inglesa Mr Porter, de moda e acessórios, os clientes recorrentes, ao acessar o site, veem o banner principal exibir o seu sobrenome no lugar de Porter.
O cliente também pode selecionar suas marcas e designers preferidos numa lista de quase 700 nomes – e só recebe ofertas de quem lhe interessa.
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