Apesar de a inflação desacelerar e da trajetória de queda da taxa de juros, alguns fatores como o desemprego elevado e a nova crise política ainda incomodam os consumidores paulistanos, que adotam uma postura conservadora no quesito endividamento. Em junho, 49,7% das famílias declararam ter algum tipo de dívida, queda de 2,7 pontos porcentuais (p.p.) na comparação com maio, quando 52,4% afirmaram ter dívidas. No comparativo com o mesmo período do ano passado, quando a proporção era de 49%, houve um leve aumento de 0,7 ponto porcentual.
Em números absolutos, o total de famílias endividadas passou de 2,028 milhões em maio para 1,925 milhão em junho, sendo que em junho de 2016 esse número era de 1,881 milhão. Comparando junho ano a ano, o aumento de famílias endividadas foi de quase 44 mil. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Na segmentação por renda, a parcela de endividados é maior entre as famílias que ganham até dez salários mínimos, proporcionalmente às famílias de renda mais alta. Para o primeiro grupo, o porcentual de endividados em junho foi de 55%, queda de 2,1 p.p. em relação ao mês anterior. Para as famílias com renda superior a dez salários mínimos, o porcentual de endividados foi de 34,4% em junho, queda de 4,4 p.p. em relação a maio (38,8%).
Do total das famílias endividadas, 51,6% têm entre 11% e 50% da sua renda comprometida com o pagamento de dívidas. Para 24,7% das famílias, o comprometimento com o pagamento de dívidas é menor que 10%, enquanto que para 20,1% das famílias endividadas esse comprometimento é superior a 50% da renda.
Inadimplência
Após três altas consecutivas, a inadimplência ficou praticamente estável (-0,2 p.p.), atingindo 19,0% em junho. Em relação ao mesmo período do ano passado, a proporção de famílias com contas em atraso subiu 1,4 p.p. quando registrava 17,6%. A proporção de famílias que não terão condições de pagar as contas no próximo mês registrou estabilidade pelo segundo mês consecutivo (8,2%), e é 1,0 p,p. superior ao registrado em junho de 2016, quando 7,2% das famílias declararam estar nessa situação. Segundo a Federação, diante do quadro de desemprego ainda elevado, é inevitável a deterioração das variáveis relacionadas à inadimplência.
Dentre as famílias com contas em atraso, 46,7% delas têm contas vencidas a mais de 90 dias, 24,7% têm contas atrasadas entre 30 e 90 dias, enquanto que 26,2% do total de famílias estão com dívidas atrasadas por até 30 dias.
A ocorrência de contas em atraso é maior entre as famílias com menor renda, proporcionalmente às famílias de renda mais elevada. Segundo a Entidade, essa faixa da população, em que qualquer imprevisto pode desequilibrar as finanças, o crédito representa um importante meio de inclusão nos padrões de consumo e é a única forma de acesso a esses padrões.
Entre as famílias que recebem até dez salários mínimos, a proporção de contas em atraso registrou leve alta (0,3 p.p.) na comparação mensal, atingindo 24,7% em junho. Já no caso das famílias com renda acima desse montante, o percentual recuou 1 p.p. em relação a maio, passando de 7,5% para 6,5%.
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