A simples atitude da cabeleireira Sandra Maria Israel, 56, de recolher o lixo de uma praça pública, enquanto o filho brincava, chamou a atenção das crianças do Jardim Ipanema, na região norte de Franca. Sem opção de lazer, elas se envolveram na ação e despertaram o interesse da comunidade.
Logo, a iniciativa ganhou vulto e pequenos mutirões de limpeza começaram a ser realizados, inclusive nos bairros vizinhos. O grupo então ganhou o nome de ‘Protetores da Natureza’ e passou a atuar em toda a cidade. Diante da abrangência alcançada, Sandra percebeu que era possível se envolver em outras frentes sociais e, com parte dos jovens, ingressou em um projeto de culinária no bairro Miramontes, criou um time de futebol e passou a receber doações diversas em prol da população do bairro.
“Em razão dessa liderança, as crianças e até mesmo os adultos começaram a me procurar pedindo por alguma atividade. Foi quando ganhei duas máquinas de costura e resolvi guardar já pensando em uma utilidade”, relembra Sandra.
Há quatro anos, ao andar pelo bairro, ela se deparou com uma casa desocupada e teve a ideia de utilizar o imóvel para montar uma oficina de artesanato. Nascia ali, o embrião do projeto social que, posteriormente, foi batizado de Casa Sandríssima.
“Inicialmente começamos a fazer pufes com garrafas pets e montamos uma horta. Depois, uma pessoa do bairro foi até a casa e ofereceu, de forma voluntária, para ensinar a costurar tiaras. Na hora, pensei nas máquinas de costura e lançamos uma oficina”, diz a empreendedora.
Sem recursos financeiros e apenas dois dias de atividades no imóvel, Sandra começou a realizar bazares no intuito de levantar dinheiro e manter a casa aberta. Articulada, ela chegou até o Projeto Fibra, um coletivo independente com finalidade de fortalecer o trabalho de mulheres líderes comunitária e gerar renda. Por meio dele, recebeu apoio para estruturar o projeto e uma contribuição financeira, arrecadada em uma ‘vaquinha virtual’, que ajudou a manter os trabalhos.
“O Projeto Fibra nos orientou sobre estatuto, CNPJ e até mesmo no nome Casa Sandríssima”, revela.
Atualmente, o projeto está em um novo imóvel no bairro e oferece, por meio de voluntários, oficina de costura, cursos de xadrez, culinária, manicure e tranças, além de atendimentos de terapia e reiki. A Casa ainda conta com uma horta e realiza aos sábados, uma tenda de leitura.
“Nossas atividades são para adolescentes e adultos. Queremos oferecer uma ocupação e lazer para os moradores do bairro e assim, ser multiplicadores do bem”, diz Sandra, que calcula atender, em média, 50 pessoas com o projeto.
Para arcar com as despesas de aluguel, energia, água e outros gastos, a Casa Sandríssima promove bazares e a realiza a venda de tapetes e outros artesanatos confeccionados na oficina de costura. Sem repasse de verbas públicas, o projeto também depende de doações de voluntários, sejam elas financeiras ou de produtos alimentícios, de higiene, roupas, móveis, calçados e brinquedos. Os interessados em colaborar podem ir diretamente até a casa localizada na Rua Eloy Francisco Mantovani, 321, no Jardim Ipanema ou fazer transferência bancária pela chave PIX 16 99277 4601.
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