A expectativa é que a data movimente quase R$ 1 bilhão, informam Busca Descontos e ClearSale. Logo após, “Cyber Monday” será a tentativa final do ano para limpar os estoques
O Grupo Netshoes (que inclui a marca de moda Zattini), preparou toda a sua estrutura de e-commerce para receber um tráfego cinco vezes maior no site do que dias normais na data, que está inserida no “Black November” (ou seja, uma ação promocional que dura o mês todo).
A Marisa vai oferecer descontos de até 70%, tanto na loja online como nas 400 lojas físicas, além de descontos especiais para quem tem o cartão da rede.
Por sua vez, a Netfarma fará promoções do tipo “pague um, leve dois” em 24 linhas de produtos, além da promessa de entregas em até quatro horas. E tem ainda a GM, a Nespresso, o Walmart, a Dell, o Hotel Urbano e outros.
Esses são só alguns exemplos de lojistas vinculados ao site oficial da Black Friday 2015. Mas todo o varejo on e offline vêm se mobilizando para a data, que será realizada no próximo dia 27 de novembro e deve movimentar R$ 978 milhões – uma alta de 12,16% ante 2014.
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A estimativa é do site Busca Descontos, que trouxe a data promocional para o Brasil em 2010, em parceria com a ClearSale, empresa especializada em serviços antifraude e responsável pela autenticação online de 95% dos pagamentos. Em 2014, a alta foi de 24% se comparada com a edição 2013.
A queda na estimativa é reflexo de um cenário econômicocomplicado, segundo Juliano Motta, diretor geral da LeadMedia, que comprou o Busca Descontos em 2013.
"O efeito da antecipação das compras de Natal na Black Friday também tende a diminuir, pois está quase finalizado. O crescimento daqui para a frente será apenas orgânico", diz Omar Jarouche, gerente de estatística e inteligência da ClearSale.
Mesmo assim, uma pesquisa realizada pelo site oficial da promoção junto a 6.943 consumidores mostra que 74% pretendem comprar na Black Friday 2015, mas apenas 28,36% do total planejam gastar entre R$ 1.001 e R$ 2 mil.
Apesar da perspectiva de faturar quase R$ 1 bilhão, o grande desafio para a Black Friday é proporcionar uma experiência positiva ao consumidor, que espera muito mais do que preços imperdíveis e boas ofertas promocionais, de acordo com Motta.
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“Na pesquisa, muitos pediram o fim das fraudes, da maquiagem de preços e a estabilidade do sites. Por isso, nessa edição, o foco será a defesa dos interesses do consumidor, o monitoramento de preços e a curadoria das melhores ofertas”, acrescenta.
SELO
Para que isso aconteça, os e-commerces que registraram a melhor reputação entre os consumidores nos últimos seis meses terão um selo conferido pelo site ReclameAqui, que tem as classificações Bom, Ótimo e RA1000 (que equivale a Excelente).
De acordo com o presidente Maurício Vargas, com ele, os lojistas assumirão o compromisso de atender o consumidor da melhor forma possível. Caso contrário, poderão perder o selo ao longo do dia da promoção.
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“Faremos monitoramento em tempo real, tanto das lojas que participarão do evento como das que não estão vinculadas oficialmente”, afirma, lembrando que o selo só vale para essa edição.
Em 2014, os principais problemas detectados pelo ReclameAqui foram navegação, maquiagem de preços e dificuldades para fechar a compra. Na época, mais de 12 mil queixas foram registradas dentro da estrutura desenvolvida pelo site para cobrir minuto a minuto a ação promocional.
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Outra parceria será com a Precifica, que monitorará preços em tempo real e demonstrará disponibilidade de estoques de hora em hora, com a classificação TOP 10 das melhores ofertas.
A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) também criou uma certificação aliada à capacitação de pequenos e-commerces – a “Black Friday Legal.”
A iniciativa, que existe desde 2013, tem como foco preparar os lojistas dentro das boas práticas do e-commerce para diminuir as reclamações dos consumidores junto ao Procon.
SEGUNDA TEM MAIS
Para tentar esvaziar ainda mais os estoques, Juliano Motta anunciou que será lançada em breve a “última data promocional do ano”: a Cyber Monday.
Realizada no varejo online logo após a Black Friday americana - que é um evento original do varejo físico - a tentativa dos organizadores de emplacá-la por aqui na segunda-feira posterior à data promocional servirá como a última tentativa para esvaziar os estoques.
“Ainda será um evento pequeno, mas esperamos que seja um bom começo”, finaliza, sem dar detalher sobre a iniciativa.
Por outro lado, as expectativas para as vendas de eletroeletrônicos ficaram mais positivas, segundo Motta, em razão da prorrogação da MP do Bem para fevereiro de 2016, anunciada ontem pelo governo. Inicialmente, ela seria válida até o dia 1º de dezembro.
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De acordo com Motta, uma preocupação dos lojistas era de que a desoneração de impostos para eletroeletrônicos perdesse efeito para as notas fiscais emitidas no pós-Black Friday.
“Com a postergação, não ficou bom só para a indústria e o varejo, mas também para o consumidor, que ganhou um benefício tributário”, acredita.
Foto: Thinkstock
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