A expectativa de crescimento da economia em 2019 seguiu em 1,17%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa de alta era de 1,10%. Para 2020, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,30%.
Quatro semanas atrás, estava em 2,24%. No caso de 2021, a projeção de crescimento permaneceu em 2,50%, mesmo porcentual de quatro semanas antes. Em dezembro, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2019, de alta de 0,9% para elevação de 1,2%. No caso de 2020, a projeção passou de 1,8% para 2,2%.
No Focus desta segunda, a projeção para a produção industrial de 2019 seguiu em baixa de 0,73%. Há um mês, estava em baixa de 0,70%. No caso de 2020, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 2,19%, ante 2,20% de quatro semanas antes.
Para 2021, a projeção de alta da produção industrial permaneceu em 2,50%, mesmo valor de quatro semanas atrás. A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2019 foi de 56,20% para 56,05%. Há um mês, estava em 56,10%. Para 2020, a expectativa foi de 58,00% para 58,08%, ante 58,00% de um mês atrás. No caso de 2021, o porcentual passou de 59,00% para 59,20%, ante 58,85%.
IPCA
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2019 e 2020. O Relatório de Mercado Focus mostra que a mediana para o IPCA no ano passado acelerou de alta de 4,04% para 4,13%. Há um mês, estava em 3,84%. A projeção para o índice em 2020 cedeu de 3,61% para 3,60%. Quatro semanas atrás, estava em 3,60%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%). No início de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 0,51% em novembro. No ano, a taxa acumulada é de 3,12% e, em 12 meses até novembro, de 3,27%. No dia 10 de janeiro, o IBGE divulgará o IPCA acumulado de 2019. Também em dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação. Considerando o cenário de mercado, a projeção para o IPCA em 2019 está em 4,0%. No caso de 2020, está em 3,5% e, para 2021, em 3,4%.
No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 seguiu em 4,13%. Para 2020, a estimativa do Top 5 permaneceu em 3,50%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,95% e 3,50%, nesta ordem. No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, igual a um mês atrás.
A projeção para 2022 no Top 5 seguiu em 3,63%, mesmo patamar de quatro semanas antes. Últimos 5 dias úteis A projeção mediana para o IPCA de 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis foi de 4,17% para 4,20%. Houve 47 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,86%. No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,60% para 3,59%. Há um mês, estava em 3,61%. A atualização no Focus foi feita por 46 instituições.
OUTROS MESES
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em dezembro de 2019, de alta de 0,90% para 0,98%. Um mês antes, o porcentual projetado indicava inflação de 0,70%. Para janeiro, a projeção no Focus foi de alta de 0,38% para 0,39% e, para fevereiro, foi de alta de 0,42% para 0,41%. Há um mês, os porcentuais de alta eram de 0,40% e 0,42%, respectivamente. No Focus divulgado nesta segunda-feira, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,77% para 3,69% de uma semana para outra - há um mês, estava em 3,90%.
IGP-M
O relatório do Banco Central, mostrou, por fim, que a mediana das projeções do IGP-M de 2020 passou de 4,18% para 4,24%. Há um mês, estava em 4,14%. No caso de 2021, o IGP-M projetado seguiu em alta de 4,00%, igual a quatro semanas antes. Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.
SELIC
Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2020. O Relatório de Mercado Focus trouxe que a mediana das previsões para a Selic no próximo ano seguiu em 4,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic no fim de 2021 foi de 6,38% para 6,50% ao ano, ante 6,25% de quatro semanas atrás.
No caso de 2022, a projeção seguiu em 6,50%, igual a um mês antes. Em dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 5,00% para 4,50% ao ano. Foi o quarto recuo consecutivo da taxa básica. No comunicado sobre a decisão, o BC não se comprometeu com novos cortes no início de 2020.
"O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária", registrou o BC no comunicado da decisão.
FEVEREIRO
Os economistas do mercado financeiro projetam corte de 0,25 ponto porcentual da Selic em fevereiro deste ano, no encontro do Copom do Banco Central. Com isso, a taxa atingirá 4,25% ao ano, um novo piso histórico. Pelas projeções, que fazem parte do Sistema de Expectativas de Mercado do relatório Focus, atualizado nesta segunda-feira, a Selic permaneceria em 4,25% ao ano de fevereiro a outubro de 2020, quando a taxa básica passaria por elevação de 0,25 ponto porcentual, para 4,50% ao ano.
Em dezembro de 2019, o Copom cortou a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 5,00% para 4,50% ao ano. Foi o quarto corte consecutivo da taxa básica. No comunicado sobre a decisão, o BC não se comprometeu com novos cortes no início de 2020. "O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária", registrou o BC no comunicado da decisão.
CÂMBIO
O Relatório mostrou leve alteração no cenário para a moeda norte-americana em 2020. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano foi de R$ 4,08 para R$ 4,09, ante R$ 4,10 de um mês atrás. Para 2021, a projeção para o câmbio permaneceu em R$ 4,00, mesmo valor de quatro pesquisas atrás.
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