O suicídio é um grave problema de saúde pública que afeta pessoas de todas as idades, gêneros e classes sociais. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2023, houve 16.262 registros de suicídio no Brasil no ano de 2022, o que representa 8 suicídios por 100 mil habitantes, uma elevação de 11,8% em relação a 2021, que registrou 7,2 homicídios por 100 mil habitantes.
Mas o que leva alguém a tirar a própria vida? Quais são os fatores de risco e as formas de prevenção? Como identificar e ajudar quem está em sofrimento psíquico? Essas são algumas das questões que precisam ser discutidas e esclarecidas para combater o estigma e o silêncio que cercam o tema.
Causas
De acordo com o psiquiatra da Unimed Franca, Marcos Bovo, o suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial, que envolve aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais. “Não há uma única causa que explique por que alguém decide tirar a própria vida, mas sim uma combinação de fatores que podem aumentar ou diminuir o risco”, diz.
Entre os fatores de risco mais comuns estão transtornos mentais, como depressão, ansiedade, bipolaridade e dependência de álcool e drogas; histórico familiar ou pessoal de tentativas ou suicídios consumados; situações de estresse e isolamento; ser do sexo masculino; separação ou divórcio e perdas importantes (luto).
Prevenção
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% dos casos poderiam ser evitados se as pessoas recebessem a ajuda adequada. Por isso, é fundamental reconhecer os sinais de alerta e oferecer apoio a quem está em sofrimento.
“Existem alguns sinais que são facilmente observados, como expressar ideias ou intenções suicidas; se isolar ou afastar-se das pessoas e atividades que gosta; apresentar mudanças bruscas de humor ou comportamento; descuidar da aparência ou da saúde; e aumentar o consumo de álcool ou drogas são algum deles. E se qualquer pessoa perceber algum desses sinais, não deve ignorar ou julgar”, diz o médico.
Segundo Bovo, é importante procurar conversar com a pessoa com empatia, respeito e confiança e mostrar que você se importa e que está disposto a ajudar. “Encoraje-a a buscar ajuda profissional e acompanhe-a se possível. Se houver risco iminente de suicídio, não deixe a pessoa sozinha e remova os meios letais do ambiente”, completa.
Informação
Além do apoio individual, é preciso promover ações coletivas para prevenir o suicídio. Uma delas é disseminar informações corretas e responsáveis sobre o tema, combatendo os mitos e os tabus que dificultam a busca por ajuda.
Algumas das informações importantes
- Falar sobre suicídio não incentiva o ato, mas sim ajuda a preveni-lo;
- Quem pensa em suicídio não quer necessariamente morrer, mas sim aliviar a dor que sente;
- Quem tenta suicídio uma vez pode tentar novamente, por isso precisa de acompanhamento contínuo;
- O suicídio não é uma escolha livre, mas sim o resultado de um sofrimento intenso que compromete o julgamento da pessoa;
- O suicídio não é um ato de covardia ou egoísmo, mas sim de desespero e angústia.
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