3%, de um total de 1500 pessoas pesquisadas, têm interesse de comprar móveis, eletrodomésticos e carros, no próximo ano. Os dados fazem parte do levantamento “O Varejo Pelo Olhar do Consumidor”, do Instituto Locomotiva, que ouviu brasileiros com 18 anos ou mais, entre os dias 15 e 28 de junho. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais.
De acordo com o levantamento, no quesito demanda, os brasileiros pretendem comprar produtos de diferentes categorias nos próximos meses. Os entrevistados podiam citar mais de um tipo de item. Por isso, a soma de todas as respostas ultrapassa os 100%.
Três categorias empataram na primeira colocação. 33% manifestaram interesse em comprar móveis, eletrodomésticos e carro. Na sequência, aparecem smartphone, casa própria/apartamento próprio, notebook, smart TV/TV com acesso à internet, tablet, moto e bicicleta.
Além de produtos, os entrevistados apontaram diversos serviços que gostariam de contratar no mesmo período. O campeão de interesse foi o item viagem de avião nacional, apontado por 37% deles; 23% citaram viagem de avião internacional; 12% querem contratar um serviço de TV por assinatura; 11% pretendem adquirir serviço destreaming de vídeos; e 6%, streaming de músicas.
83% dos consumidores afirmaram que queriam ser mais ouvidos pelas empresas, segundo afirma Renato Meirelles, presidente do Instituto de pesquisas Locomotiva. “As pessoas [empresas] acham que se conectar nesse mundo digital é simplesmente estar na internet. O que o consumidor está dizendo nesta pequisa é que ele quer ser ouvido. Sair da comunicação analógica para digital não é mudar de meio, é mudar de postura”, enfatiza.
Ele afirma que “se eu uso um banner só para falar de preço, e não ouço o consumidor, eu continuo tendo nos meios digitais uma comunicação analógica. E, assim, não tem jeito desse consumidor se sentir satisfeito”, conclui Meirelles.
Agora, os consumidores querem produtos que têm a ver com a sua personalidade, segundo a pesquisa. “O que nós estamos dizendo com isso é que mudou quem é o protagonista. Nós tivemos no século 20, um protagonismo que estava nas marcas. Elas diziam para o consumidor que ele só seria alguém se comprasse aquele determinado produto”, lembra o especialista.
Outro ponto levantado por Meirelles é que o e-commerce não é concorrente do varejo, é uma condição fundamental para sobrevivência do setor: “O varejo tem que ser multicanal, as marcas de varejo têm que se posicionar como multicanal porque o consumidor já é assim, mas as marcas ainda resistem”.
Ele afirma que a multicanalidade faz com que o mercado de torne mais competitivo e o cenário, mais desafiador para o varejo. “Na prática, só sobreviverão os formatos de loja e as marcas que conseguirem ter uma clara proposta de valor para o consumidor”, conclui.
Por Rafael Chinaglia, da redação do E-Commerce Brasil
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