Professora de arte e designer de interiores, Marina Peliciari planejava aposentar em 2015. O sonho era montar um escritório de arquitetura e trabalhar com a filha recém-formada. Mas os planos deram errado. A filha não retornou para Franca após a faculdade, conforme esperado. Com isso, Marina adiou a aposentadoria e decidiu utilizar a expertise na área para produzir e vender vasos de cimento. O que começou como um hobby virou um negócio – ‘Mimos de Marina’ - e três anos depois, ela participava da primeira feira destinada para pequenos empreendedores na cidade.
Desde então, a quantidade de feiras para exposição e venda de produtos de empreendedores locais começou a crescer e só foi contida, pela chegada da pandemia de Covid-19, em março de 2020. Em dezembro último, com a flexibilização de algumas medidas restritivas, feiras do tipo voltaram a ser realizadas trazendo novas oportunidades de negócios para esse público da economia criativa.
“Sempre tive muita planta em casa e estava tendo uma ‘febre’ do concreto, foi então que resolvi produzir os primeiros vasinhos. Hoje já faço luminárias, saboneteiras, difusor de aroma, porta recado, banco, porta ovo. A gente tem as ideias e vai produzindo”, disse Marina, que além das feiras, comercializa as peças pela internet, por meio das redes sociais. “Realmente virou um negócio, é minha principal ocupação”.
Karen Garcia Alves também é uma empreendedora da economia criativa. Após ver uma vendedora de cadernos artesanais em Curitiba-PR, ela sentiu vontade de um ter um exemplar, porém de produção própria. “Fui procurar vídeos na internet, mas na época era difícil encontrar conteúdos de encadernação de graça. Então, fiz um pouco pelos vídeos e outro tanto por intuição e saiu meu primeiro caderno”, disse, relembrando o início da Kahdernos Papelaria Artesanal. Há quatro anos, o negócio foi formalizado, ganhou site e uma colaboradora, porém o processo continua todo artesanal e em pequena escala.
“A maioria é por encomenda e os produtos são personalizados. Tenho uma fila de espera, pois faço cada um individualmente. Já fiz mais de 4 mil cadernos e raramente ficam iguais”.
Assim como Marina, Karen também não tem loja física e concentra as vendas pela internet, atendendo não só diferentes regiões do Brasil, como do exterior. “Vendo muito para fora de Franca e nos últimos três anos, comecei a vender para o exterior. Já enviei para mais de 10 países diferentes”, revela a empreendedora, que comercializa peças que podem chegar a R$ 600.
Até então funcionária da área administrativa, Vanessa Moreira, estava em busca de uma atividade terapêutica quando começou a modelar e costurar as próprias roupas. Logo, passou a vender para as amigas e, em pouco tempo, as vendas ultrapassaram o círculo de conhecidos. “Quando percebi já estava tão apaixonada e envolvida por esse mundo, que ele fazia mais sentido que meu emprego CLT. Foi assim, que nasceu a Seja, uma marca de roupas femininas, slow, consciente, colorida e solar”, descreve Vanessa.
Segundo a empreendedora, a marca ainda não é a fonte de renda principal, porém ela se dedica para que em breve, ela também seja sustentável financeiramente. “Penso em cada detalhe, desde a escolha dos tecidos até a produção. Temos peças únicas com garimpo de tecidos de refugo das indústrias”.
Entre as peças estão blusas e croppeds, calças, shorts, vestidos e saias que são vendidos em um e-commerce com entrega para todo o Brasil. “A sustentabilidade é um valor muito importante para a Seja. Tentamos sempre diminuir o impacto negativo que a nossa existência possa causar ao mundo. Por aqui, o tempo natural das coisas é respeitado, e os resultados são roupas cheias de vida, com ótimos acabamentos e atemporais”, destacou Vanessa, que também expõe e comercializa as peças em feiras.
PRODUTOS NATURAIS
Eliana Garcia e Rodrigo Telles também são empreendedores da economia criativa, porém voltados para a produção de produtos orgânicos. O casal é proprietário do Sítio Impossíveis da Serra, em Cristais Paulista, e participa de uma rede de agroecologia da Alta Mogiana, que reúne agricultores familiares da região que partilham e garantem o acesso direto a alimento agroecológicos.
“Assumimos um sítio da família e produzimos além dos orgânicos, produtos como granola, molhos, cúrcuma em pó e ketchup artesanal. Utilizamos as feiras como divulgação, já que as vendas acontecem semanalmente por meio de pedidos em uma plataforma digital”, explica Eliana.
Os clientes acessam a plataforma (Faz a Feira.com), escolhem os produtos e a entrega é feita em Franca, durante uma feira. Há verduras, legumes, tempero, frutas, erva e chás, produtos de origem animal, cafés, farinhas, fabricação artesanal, entre outros produtos. “A nossa proposta é produzir e incentivar o consumo de alimentos saudáveis”, disse Eliana.
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