As pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras registraram aumento de 13% na movimentação financeira média em julho de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o Índice Omie de Desempenho Econômico das Pequenas e Médias Empresas (IODE-PMEs). No acumulado do ano, o índice apresenta crescimento de 5,6% frente ao mesmo período de 2023.
“A economia está no rumo certo. Há sinalização de que o Brasil vai crescer 3% em 2024 e estamos com a menor taxa de desemprego dos últimos dez anos”, afirma o o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima. “Todos aqueles que empreendem são pessoas que querem buscar o protagonismo socioeconômico das suas vidas para garantir renda e construir sua dignidade. Empreender é uma importante ferramenta de inclusão social. E o papel do Sebrae é de compromisso com essas pessoas na condução dos negóci”, diz.
O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, divididas em 701 atividades econômicas que compõem quatro grandes setores: Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.
Comércio e Indústria se destacam
De acordo com o Omie (solução de gestão empresarial na nuvem), o crescimento foi disseminado entre os grandes setores da economia, com destaque para Comércio e Indústria.
O Comércio mostrou faturamento 19,4% maior em julho. No mesmo período do ano passado, o setor havia registrado queda de 11,8%. O número foi puxado pelo atacado (+24,2%), mas também há sinais de recuperação das PMEs do varejo nos últimos meses (+9,1%).
Enquanto isso, as pequenas e médias empresas da Indústria apresentaram progresso de 18,5% no faturamento, mantendo a tendência positiva que se verifica no setor no ano como um todo. Em julho, o desempenho foi sustentado, especialmente, pelas atividades de ‘Impressão e reprodução de gravações’, ‘Fabricação de móveis’, ‘Fabricação de celulose, papel e produtos de papel’ e ‘Fabricação de máquinas e equipamentos’.
De acordo com o economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, Felipe Beraldi, parte da diferença nos números se deve ao “efeito calendário” – foram 23 dias úteis em julho de 2024, contra 21 no mesmo mês de 2023. “Para diversos segmentos do mercado de PMEs, isso resulta em um faturamento mensal mais robusto, tornando a comparação desbalanceada”, comenta.
Ele explica que, por isso, foi feita uma análise da movimentação média diária de contas a receber das PMEs, que apontou para expansão de 3,2% frente ao mesmo período do ano anterior, ainda que mais contido do que a comparação entre os meses completos mensurada pelo IODE-PMEs.
Beraldi acredita que o resultado positivo no faturamento das PMEs no início do terceiro trimestre confirma a visão de manutenção do crescimento do setor no decorrer do segundo semestre de 2024.
Outros segmentos
No setor de Serviços, as PMEs voltaram a mostrar boa performance em julho (+6,2% em comparação ao mesmo período de 2023) após queda de 1,7% no mês anterior. O resultado foi condicionado, especialmente, pelo avanço dos segmentos de ‘Atividades de entrega’, ‘Atividades veterinárias’, ‘Publicidade e pesquisa de mercado’ e ‘Alojamento e alimentação’.
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