As vendas por causa do feriado da Páscoa deverão registrar a terceira alta seguida, nas projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Na estimativa da entidade, as vendas do varejo voltadas para a Páscoa deste ano deverão crescer 1,5% em relação à Semana Santa do ano passado, já descontada a inflação do período.
Se confirmada, essa alta nas vendas terá um ritmo inferior ao de 2018. No ano passado, as vendas cresceram 2,0% e, em 2017, 1,1%.
No acumulado de 2015 e 2016, quando a economia estava em plena recessão, as vendas recuaram 5,2%. Nada comparado ao desempenho de 2010, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,5%, na esteira da recuperação da crise financeira internacional de 2008.
Naquele ano, as vendas da Páscoa avançaram 9,5% ante 2009, melhor desempenho já registrado, nos cálculos da CNC.
"Significativamente afetado pelo aumento sazonal de vendas nessa data comemorativa, os estabelecimentos do varejo alimentício, tais como hiper, super e minimercados, lojas de departamentos e lojas especializadas, deverão faturar cerca de R$ 2,4 bilhões com as vendas voltadas para a Semana Santa deste ano", diz a nota divulgada pela CNC.
O estudo da CNC estima ainda que a contratação de trabalhadores temporários pelo varejo será menor neste ano do que foi em 2018.
A projeção para a Semana Santa deste ano aponta para a criação de cerca de 10,7 mil postos de trabalho temporário. Ano passado, foram geradas 10,8 mil vagas.
"Os maiores demandantes de trabalho temporário deverão ser os hiper e supermercados, respondendo por aproximadamente 65% do total de vagas oferecidas", diz a nota da CNC.
A CNC estima ainda que o salário médio de admissão no varejo deverá ser de aproximadamente R$ 1.267. Se confirmado, será um avanço de 5,9% em relação àquele registrado na Páscoa de 2018.
"Dadas as incertezas em relação à evolução do consumo nos próximos meses, a taxa de efetivação em 2019 será mais baixa. Do total de vagas temporárias oferecidas pelas atividades envolvidas com a Páscoa, 4,5% deverão se tornar postos de trabalho efetivos - porcentual abaixo da média histórica (12%)", diz a nota da CNC.
FOTO: Thinkstock
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