No segundo dia da Feira do Empreendedor, o consultor Dailton Felipini ensina a usar as ferramentas gratuitas da internet para montar um negócio
Durante o segundo dia da Feira do Empreendedor, organizada pelo Sebrae, não faltaram visitantes com planos de montar um negócio próprio.
Alguns têm ideias simples, como o taxista que quer montar uma empresa de faxina a domicílio com a esposa, e outros possuem intentos mais complexos, como o estudante de direito que está desenvolvendo um aplicativo de assistência jurídica.
Mas uma parte significativa dos participantes ainda não sabe ao certo que produto vender e para quem. Para resolver esse dilema, o palestrante Dailton Felipini subiu ao palco do evento para falar como é possível identificar uma boa oportunidade ou avaliar se sua ideia é realmente boa.
Além de consultor, ele é especialista em e-commerce, empreendedor e autor de cinco livros sobre esse assunto.
De acordo com Felipini, para detectar um nicho de mercado há 15 anos – ou seja, uma fatia de um mercado consumidor – era preciso contratar os serviços de uma grande consultoria que faria extensas pesquisas e relatórios. Algo que só era acessível para as grandes empresas.
Hoje, no entanto, essas informações estão disponíveis na internet de forma gratuita e podem ser utilizadas por qualquer empreendedor ou pequeno empresário. Conheça as ferramentas e processos indicados por Felipini.
PRIMEIRO PASSO: O QUE AS PESSOAS ESTÃO BUSCANDO?
Para ter um negócio próprio, o primeiro passo é entender as necessidades dos consumidores. Para isso, o consultor aconselha usar o mecanismo de tendências do Mercado Livre, uma das maiores plataformas de compra e venda da internet e que possui 50 milhões de usuários.
Com essa ferramenta, é possível saber quais são os itens mais buscados dentro do site. Ela permite também separar por categorias variadas, que vão desde acessórios de veículos até instrumentos musicais.
Essa é forma simples de saber quais são as necessidades dos clientes e, com essa informação, criar um novo negócio para atender essas demandas.
SEGUNDO PASSO: QUAL É A TENDÊNCIA PARA ESSE MERCADO?
Após escolhido qual o produto ou serviço, é preciso avaliar se o mercado em questão está em ascensão ou declínio. Afinal, não basta escolher o que as pessoas querem agora, mas algo que elas continuarão buscando durante um longo período.
Isso evita que os empreendedores caiam na tentação de aderir há alguns negócios que são passageiros ou produtos que entram em moda: aqueles que aparecem e fazem sucesso rápido, mas que com a velocidade caem em desuso.
Para realizar essa medição, Felipini aconselha o uso da ferramentaGoogle Trends. Por meio desse recurso, é possível saber qual o interesse das pessoas por determinadas palavras que remetem a produtos e serviços.
O programa do Google gera gráficos que mostram se a tendência é de queda ou de alta do interesse das pessoas.
Esse recurso também permite ver quais regiões geográficas estão mais interessadas no termo procurado e quais são os tópicos que estão relacionados com esse assunto.
TERCEIRO PASSO: QUANTAS PESSOAS ESTÃO INTERESSADAS?
Outra ferramenta do Google, o planejador de palavras-chave, pode ser usada para medir qual é o tamanho do mercado consumidor.
Ela revela o número de pesquisa mensais feitas no buscador por aquela palavra. Por exemplo, você pode digitar as palavrar comprar drone e saber quantas pessoas procuraram esses termos e que provavelmente estão interessadas em adquirir o produto.
Essa pesquisa é usada para criar anúncios no Google, mas ela pode ser usada de forma gratuita. Felipini aconselha que esse instrumento seja empregado para se ter uma perspectiva de quantos clientes a empresa pode conquistar.
QUARTO PASSO: AS PESSOAS ESTÃO DISPOSTAS A COMPRAR?
A última etapa é a mais difícil e que não envolve nenhuma ferramenta online. “O empreendedor tem que ir para a rua e saber quanto as pessoas estão dispostas a pagar”, afirma Felipini.
Esse é o momento de oferecer o produto ou serviço para um cliente antes de entrar efetivamente no mercado. Essa é uma forma de testar e descobrir quais são os possíveis problemas e, se necessário, corrigi-los até que consumidor realmente esteja disposto a comprá-lo.
Tradicionalmente, os empresários primeiro montavam a empresa e começavam a produzir, para depois ver se produto iria ser aceito pelo mercado. O que Felipini propõem para os empreendedores é o inverso: inicialmente testar o produto e, se ele der certo, montar a empresa.
“Nesse primeiro estágio não é necessário ter CNPJ, pagar aluguel ou contratar um cantador”, diz Felipini. “Basta ter um protótipo e saber ouvir o que os clientes têm a dizer.”
R. Monsenhor Rosa, 1940 - Centro
Franca - SP - CEP 14400-670
Atendimento:
Seg. a Sex. das 8h às 18h
Dúvidas, Reclamações e Sugestões
Entre em contato conosco:
(16) 3711-1700 - (16) 99973-0195
CNPJ: 47985577/0001-63
© ACIFRANCA. Todos Direitos reservados. Desenvolvido por Agência ACIF + Sophus Tecnologia