O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, questionou, nesta terça-feira (14/8), durante o “Diálogo UNECS com candidatos à Presidência da República”, cinco postulantes do Palácio do Planalto sobre a burocracia que afeta os pequenos negócios.
Afif comandou o bloco Ambiente de Negócios, um dos quatro temas apresentados aos candidatos Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Fernando Haddad (vice do PT) e Geraldo Alckmin (PSBD).
Outros três convidados, Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL) e João Amoedo (Novo), não puderam comparecer ao evento, realizado pela União Nacional das Entidades do Comércio e Serviços.
Coube ao presidente do Sebrae formular questões aos candidatos sobre as propostas voltadas para a simplificação de obrigações no ambiente de negócios, sobre a reforma tributária, a infraestrutura e logística, crédito e investimento, tecnologia e inovação e estímulo ao empreendedorismo.
Os outros três blocos foram sobre a Eficiência do Estado, Urbanismo e serviços essenciais e Garantia dos direitos.
“O diálogo da UNECS com os candidatos foi fundamental, pois a entidade congrega redes do comércio e de serviços do Brasil, muitas delas formadas por pequenos negócios”, afirma Afif.
“Por isso, a política das pequenas empresas está aqui presente porque um dos participantes será o futuro presidente, e temos que mostrar o que gera renda e empregos no País”.
Durante a evento, o presidente do Sebrae desenrolou um documento que mostra o ciclo de nascimento, vida e morte das micro e pequenas empresas. O rolo de papel ilustra as dificuldades enfrentadas pelos pequenos negócios.
Confira síntese das repostas dos candidatos às questões formuladas pelo presidente do Sebrae:
PODEMOS
Sebrae: Atualmente existem inúmeros processos burocráticos que atrapalham a competitividade das empresas, em particular das micro e pequenas. Quais seriam as ações que o Sr. pretende implementar para melhorar o ambiente de negócios no país?
Álvaro Dias: Serão 365 medidas de desburocratização, principalmente para a obtenção do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). Hoje é difícil abrir uma empresa ou tirar uma patente, o que demora anos. E isso passa por uma reforma tributária, que considero fundamental. Temos taxas de juros astronômicas no País que chegaram, em 2016, a ser de 452% e o governo fica com 72% do crédito”.
PDT
Sebrae: Temos hoje uma das maiores burocracias no corporativismo público e privado, além do problema do crédito, ao qual 84% dos pequenos negócios não têm acesso. Qual sua visão sobre o projeto da Empresa Simplificada de Crédito, aprovado pelo Congresso, que tem como finalidade facilitar essas operações?
Ciro Gomes: Estamos estudando tornar todos os documentos em um manual, com todos os regramentos para uma empresa funcionar. Também queremos simplificar tudo em um só documento onde o empresário afirma estar consciente que a empresa está apta a funcionar sob as penas da lei. Essa é uma ideia para amadurecer.
O Brasil concentra 85% de suas operações em cinco bancos, sendo dois oficiais. A rentabilidade do sistema, em tarifas, se aproxima de meia centena de bilhões de reais. Então, todas as iniciativas que estimulem a competição, se tiverem coerência, serão aceitas.
MDB
Sebrae: O que poderemos fazer para melhorar o ambiente de negócios e superar o problema da burocracia?
Henrique Meirelles: Este é um campo de trabalho onde me dediquei profundamente. O meu projeto é iniciar um processo de digitalização. Porque hoje desburocratizar é informatizar. A ideia é criar um gabinete digital na Presidência da República para as empresas e para o cidadão. Vamos resolver o processo de registro de empresas, do Imposto de Renda, da estrutura tributária, pois a diminuição da carga tributária é fundamental. Com a conjugação de ações os processos serão mais rápidos.
PT
Sebrae: O projeto da Empresa Simplificada de Crédito foi vetado pelo Ministério da Fazenda e pelo Banco Central e hoje 84% das pequenas empresas não têm crédito. Quais seus planos para este ambiente de negócios?
Fernando Haddad - Sem educação e sem simplificar o crédito barato, a gente não vai longe. Mas hoje temos as fintechs, as cooperativas de crédito, que passaram a ser uma alternativa de crédito.
“Vamos retomar investimentos públicos. Não queremos ver obras paradas e isso vai fazer a roda da economia girar. Temos as ferramentas necessárias para alavancar a economia do País”.
PSDB
Sebrae: Todos sabem da burocracia para abrir e até fechar uma empresa e da luta pelo processo de simplificação. O que temos que fazer para acabar com esse processo emaranhado? Além disso, como livrar as empresas da carga tributária e dos juros?
Geraldo Alckmin: A UNECS vai ser convocada para fazer o mutirão da desburocratização, pois as parcerias são importantes. Quero destacar o convênio que fizemos com o Sebrae em São Paulo, criando um Centro de Empreendedorismo e Inovação. O governo tem que ser parceiro.
Estou otimista que, se a gente conseguir fazer a reforma tributária, desburocratizar as agências reguladoras e se tivermos a segurança jurídica, vamos ter mais recursos para investimentos no País, na infraestrutura, no saneamento básico e mais habitação.
FOTO: Thinkstock
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