No primeiro trimestre, as viagens internacionais caíram quase 70% em relação a igual período de 2015. A alta do dólar frente ao real ajuda a explicar a queda
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou nesta quarta-feira, 20/04, que o segmento de serviços tem contribuído de forma significativa para a redução dodéficit em transações correntes, com destaque para viagens internacionais, que têm mostrado recuo expressivo neste ano.
Maciel observou que no trimestre, as viagens para fora do país recuaram 69% na comparação com igual período do ano passado. Essa queda, segundo ele, se explica principalmente pela alta dodólar e frente ao real.
Pelos dados do BC, observou Maciel, os gastos de brasileiros no exterior estão cerca de 40% a 50% menores este ano frente a períodos anteriores.
No mês passado, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil deixou um saldo negativo de US$ 694 milhões.
O resultado é menor do que o saldo negativo de US$ 955 milhões observado em igual mês do ano passado. No entanto, é maior do que o déficit de US$ 242 milhões registrado em fevereiro.
MUDANÇA NAS REGRAS
Esse aumento de gastos na margem, explicou Maciel, teve influência das regras de tributação para agências de viagem, o que deixou os gastos represados.
No início do ano, a alíquota para remessas por essas empresas havia subido para 20%; depois de pressão do setor de turismo, o governo cedeu e reduziu para o mesmo valor do cartão de crédito quando usado em compras no exterior, 6,38%. "Com essa mudança de alíquotas valores ficaram represados", explicou.
"É importante lembrar que esse é um item sensível a taxa de câmbio. Mas movimentos de valorização do câmbio tendem a favorecer essas despesas", disse.
A parcial de viagens mostra despesas líquidas de US$ 375 milhões, valor formado por receitas de US$ 260 milhões e despesas de US$ 635 milhões.
Maciel relatou ainda que a conta de serviço com transportes mostra déficit de US$ 764 milhões contra US$ 1,802 bilhão em igual período do ano passado - uma queda em torno de US$ 1 bilhão.
"Isso reflete a retração da corrente de comércio, mas também queda na compra de passagens aéreas por brasileiros. Quando esse fluxo diminui, afetou o item de transportes", informou.
IMAGEM:thinkstock
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