Ao observarmos o cenário nacional, notamos alguns indicadores positivos em relação à retomada da economia. A taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,8% no trimestre de maio a julho, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma das menores taxas da série histórica recente. Esse fato indica que uma parcela significativa da população está inserida no mercado de trabalho brasileiro. Com mais pessoas empregadas, há maior circulação de renda na economia. É importante destacar que a inflação (IPCA) também deu uma trégua, mantendo-se em 4,5% nos últimos 12 meses, permanecendo dentro do teto da meta. Esse controle da inflação é crucial para preservar o poder de compra das famílias.
Além disso, é relevante analisarmos outros fatores, como a taxa de câmbio e os juros. A taxa de juros deve se manter estável ou continuar subindo este ano, enquanto o dólar tende a permanecer em um patamar elevado devido à desvalorização do real. Esse cenário favorece as exportações, o que é particularmente significativo para a cidade de Franca, onde café e calçados são os principais produtos exportados. Para ilustrar, até agosto de 2024, Franca já exportou 204,9 milhões de dólares, um montante que provavelmente superará os 218 milhões exportados em 2023.
Impulsionada pelas exportações, a geração de empregos em Franca também reagiu positivamente, especialmente na indústria, que criou 2.853 novos postos de trabalho no primeiro semestre, representando um crescimento de 129,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No total, a cidade já conta com 101.488 pessoas empregadas formalmente, o que, considerando o salário médio local, representa uma circulação mensal de R$ 289,9 milhões, movimentando o comércio e os serviços locais.
Neste contexto, o comércio se prepara para as vendas de fim de ano, especialmente para a Black Friday e o Natal. Falando em empresas, outro dado relevante é que Franca já ultrapassou a marca de 60 mil empresas registradas, com a expectativa de fechar o ano com cerca de 70 mil. Vale ressaltar que 60% dessas empresas são Microempreendedores Individuais (MEIs), o que, em um contexto de gig economy (sistema em que trabalhadores atuam em empregos autônomos ou paralelos), levanta a discussão sobre a natureza dessas empresas — se são, de fato, empresas ou prestadores de serviço. De qualquer forma, esse tipo de empreendedorismo contribui para a movimentação econômica da cidade.
Em suma, o desempenho econômico local indica que estamos no caminho certo e que o fim do ano será marcado por crescimento e intensa atividade econômica. Podemos concluir que tanto a economia nacional quanto a local estão se ajustando para um novo período de crescimento e este é o momento de aproveitar as oportunidades que surgem.
Adnan Jebailey, economista do IE-ACIF (Instituto de Economia da Associação do Comércio e Indústria de Franca)
R. Monsenhor Rosa, 1940 - Centro
Franca - SP - CEP 14400-670
Atendimento:
Seg. a Sex. das 8h às 18h
Dúvidas, Reclamações e Sugestões
Entre em contato conosco:
(16) 3711-1700 - (16) 99973-0195
CNPJ: 47985577/0001-63
© ACIFRANCA. Todos Direitos reservados. Desenvolvido por Agência ACIF + Sophus Tecnologia