Fevereiro de 2021 é quando completamos um ano com a pandemia do coronavírus no Brasil. Parece que vivíamos em outro país antes. Você se lembra como era poder ir a qualquer lugar e não precisar de uma máscara? Ou quando grandes eventos aconteciam sem problemas e preocupações. Uma simples ida ao shopping não oferecia perigo.
De lá pra cá já ouvimos e lemos muitas informações sobre como a pandemia nos afetou. Nas atividades externas, na educação, no trabalho. E um aspecto costuma ser tratado com menos atenção do que deveria. Chamemos tal aspecto de “como o combate a pandemia prejudica a economia”.
Em 1918 o mundo viveu uma pandemia análoga. A gripe espanhola, que deixou entre 50 e 100 milhões de mortos mundo afora, tinha um contágio parecido com o que vemos agora. Um estudo, de nome Pandemics Depress the Economy, Public Health Interventions Do Not: Evidence from the 1918 Flu, apontou que cidades dos EUA que tomaram cuidado com aquela pandemia saíram mais rápida e sustentavelmente da crise econômica que ocorreu.
Nos tempos atuais é possível fazer um paralelo. Não tendo medicamentos cientificamente comprovados que zerem os efeitos e com as vacinas em um cenário ainda incerto (e também infelizmente politizado), não vai ser difícil verificar que a única solução a ser apontada pelo poder público quando os hospitais lotarem e as mortes se acumularem será a de fechar regiões novamente.
A situação que temos atualmente é a de um avanço extraordinário da ciência, que já nos entregou em disponibilidade algumas vacinas. Diversos países do mundo estão em vacinação e, se quando este artigo for publicado ainda não estivermos, provavelmente não deverá demorar muito para começar a ocorrer. Porém, tal qual afirmou Marco Krieger, Vice-Presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), esse desafio se assemelhará mais a uma maratona do que a uma competição de 100 metros rasos. Em outras palavras: os cuidados devem seguir sendo tomados, porque não será uma questão rápida de equalizar.
Curiosamente, o não levar a sério da pandemia por aqui terá impactos severos, no fim das contas, sobre a economia. Esse abre e fecha de comércios e empresas não sairá de graça e, é bom frisar, será necessário enquanto não equalizarmos a situação - e essa equalização muito provavelmente acontece via vacinação.
Por um lado podemos imaginar que hábitos saudáveis como ir de máscara para o trabalho se estiver doente mas não puder faltar e evitar aglomerações que não tenham necessidade podem ter vindo para ficar. Por outro, é preciso que nos lembremos que tais hábitos positivos que podem virar boas práticas amanhã precisam desde já ser tomados agora para evitar que a situação se agrave.
Toda vez que você ver em algum lugar que são as medidas de combate a pandemia que estão arrastando a economia, lembre-se dos efeitos que verificamos, com um ano dela entre nós, de não termos levado a sério.
Cuidem-se. Ainda não acabou e os próximos tempos serão estratégicos. Para a saúde e também para a economia.
CAIO AUGUSTO DE OLIVEIRA RODRIGUES
Editor do site Terraço Econômico e gestor financeiro
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