Em cenário de queda da economia, do aumento do desemprego e da alta da inflação, as renegociações de dívidas têm ajudado a impedir um aumento maior da inadimplência.
Segundo o Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado nesta quinta-feira (15/09) pelo Banco Central (BC), houve um pico da chamada reestruturação de dívida em junho deste ano, o que contribuiu para reduzir a inadimplência no encerramento do semestre.
Segundo o BC, se não fossem as operações de reestruturação de dívidas, a inadimplência teria um aumento de 0,9 ponto percentual, encerrando o semestre em 4,4%.
O BC explica que as reestruturações de dívidas são um subconjunto das renegociações, em que o tomador enfrenta dificuldades financeiras para honrar seus compromissos, e a instituição financeira faz concessões, relativamente às condições de pagamento, que não faria em condições normais de mercado, com o objetivo de reduzir perdas.
As reestruturações são estimadas pelo BC, que identifica as operações vencidas e convertidas em operações a vencer, sem pagamento integral dos valores em atraso.
De acordo com o relatório, o fluxo mensal de reestruturações de dívidas vem crescendo desde o último trimestre de 2015 e estão sendo adotadas em todas as modalidades de crédito, mas com maior intensidade nas operações de financiamento imobiliário.
O BC também destaca os financiamentos de veículos e cartão de crédito.
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