Algumas apostas de presentes para o Dia das Crianças estão entre os itens que demonstraram alta dos preços no acumulado do ano até setembro. É o que aponta a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados obtidos no IPCA 15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), apurados pelo IBGE.
Neste período, os preços do cinema registraram elevação de 9,43%. Uma bicicleta pode custar 6,77% a mais, enquanto os brinquedos, em geral, registram variação positiva de 6,92%. A variação de preços desses itens superou a inflação média acumulada no ano até setembro que foi de 5,90%.
Já na área de vestuário, de acordo com a Entidade, foram observadas as seguintes variações positivas: roupa infantil (2,11%), calça comprida infantil (4,97%), agasalho infantil (2,73%), vestido infantil (3,12%), bermuda e short infantil (0,30%), camisa/camiseta infantil (0,78%), conjunto infantil (2,73%), sandália/chinelo infantil (-0,34%).
Segundo a Federação, embora as maiores variações tenham sido observadas nos artigos de brinquedos, não há como definir qual a melhor opção de presente para que o orçamento não seja prejudicado, pois uma peça de vestuário pode ser mais cara que um item de brinquedo e vice-versa.
Presentes on-line
Estimativas da Ebit mostram que o faturamento nominal no setor de e-commerce brasileiro deve alcançar R$ 1,64 bilhão no mês em que se comemora o Dia das Crianças, crescimento nominal de 11,5% se comparado com o mesmo período de 2015. Serão mais de 4 milhões de pedidos, com tíquete médio de R$ 413.
Para Pedro Guasti, presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP e CEO da Ebit, os consumidores estão mais informados e buscando várias opções antes de fechar a compra. "Apuramos que no primeiro semestre deste ano tivemos no e-commerce um crescimento de 30% de consumidores ativos na comparação com o mesmo período do ano passado."
Ainda de acordo com a Ebit entre os produtos mais procurados para a data estão bonecas, fantasias, jogos, bonecos de personagens e peças de montar e de encaixe.
Segundo Guasti, a escolha por produtos mais baratos tem se intensificado nos últimos meses, como aconteceu no Dia dos Namorados e Dia dos Pais, o que levou a queda na busca por eletrônicos e games. "Quando se fala em eletrônicos, percebemos que há quatro anos o tablet era um produto de sonho de consumo, principalmente entre jovens e crianças a partir de sete anos. Hoje, é substituído pelo smartphone."
Guasti ainda reforça que é muito comum uma criança de 10 anos, em média, ter um smartphone e, assim, com cinco dólares ou menos ela consegue comprar um game através da loja de aplicativos. "Para crianças conectadas, um cartão pré-pago para compras de app's (aplicativos) também é uma boa opção de presente com custo baixo."
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