Plantio de especiais começou em 2015 e acontece em sítio localizado na cidade de Jeriquara

Foi com a intenção de ocupar uma área ociosa de 5 hectares no sítio Santa Helena, em Jeriquara, que o até então granjeiro Guilherme Dias de Sousa Alves, 35, se tornou produtor de cafés especiais em 2015. A primeira safra veio três anos mais tarde em paralelo com a criação da Koa Cafés, marca que representa os cafés torrados em embalagens de 250 gramas e um quilo e também o serviço de torrefação para terceiros.

 “Desde 2010 trabalhava com granja de ovos de postura e no sítio ficou uma área vaga, na qual pensava em implantar uma cultura. Conheci o café e ali plantei 40 mil pés. A partir desse plantio, passei a visitar feiras do setor e a conhecer mais sobre café especial”, diz Alves.

 Com o espaço de plantio pequeno e sem novas áreas para expansão, o agora produtor de café resolveu que a saída seria destinar toda sua produção para a torrefação e, a partir da estrutura montada, oferecer o serviço de torra para outras marcas. “Surgiu então a torrefação da Koa Cafés em Ituverava, um espaço destinado para fazer a torra do café produzido no sítio e de outras marcas que nos procurasse”, explica.

 Atualmente, a Koa Cafés, continua com o escritório em Ituverava, mas transferiu a torrefação para Franca por conta da logística e de uma estrutura mais adequada. “Somos apenas pessoas apaixonadas caçando cafés especiais, desenvolvendo a melhor torra, para sempre surpreender e emocionar quem se identifica com essa paixão”, diz a apresentação no site da marca.

 Segundo Alves, que é responsável pela marca juntamente com a esposa Maria Carolina Sousa da Fonseca, o novo espaço torra, em média, 300 quilos de café mês de diferentes marcas, porém tem capacidade de atender uma demanda maior. “Trabalhamos hoje com 15 marcas, mas podemos atender mais. A torrefação tem capacidade para uma produção maior que a atual, pois a ideia é não ficar com as máquinas paradas”.

 A produção no sítio

 Com plantio e colheita totalmente manuais por se tratar de uma pequena área, o sítio possui duas variedades de café em sua produção (Catuaí e Mundo Novo), realiza a secagem em terreiro comum e concentra grande atenção nos processos de beneficiamento e rebenefício.

 “Acredito que o segredo seja colher no momento certo para que tenha menos café verde possível e não fazer nada errado nas demais etapas”, revela o produtor. “Sem contar que a própria região em que estamos localizados também favorece a produção de um café de qualidade”, completa. Na última safra, o sítio colheu 130 sacas de café.

 Para o futuro, Guilherme diz que pretende produzir micros lotes de café e também implantar processos de fermentação e terreiro suspenso na propriedade. “Queremos fazer essa experiência e buscar novos destinos para a marca”.

 Comercialização

 Atualmente a Koa Cafés trabalha com e-commerce e distribuição de café verde e torrado para cafeterias de várias regiões do País. Guilherme disse que no primeiro ano da marca visitou mais de 300 cafeterias para conhecer o mercado e abrir negócios. Inclusive, também constam entre os serviços da Koa Cafés a personalização para cafeterias e padarias, além de um clube de assinatura mensal de cafés e a venda de métodos e acessórios.

 O nome

 Ao definir um nome para a nova marca de cafés especiais, Guilherme disse que procurou por uma palavra curta e fácil e que traduzisse a alegria de tomar um bom café. Pesquisando, o produtor se deparou com Koa que significa alegria em um dialeto africano. “Escolhemos Koa, pois além de significar alegria, se encaixava perfeitamente no que estávamos procurando, além de lembrar o coar café”, explicou