Investir na bolsa de valores não é apenas olhar para as empresas gigantes, chamadas de blue chips. As small caps, ou ações de terceira linha, também merecem sua atenção se o objetivo for diversificar a carteira de investimentos e lucrar mais.
Para você ter ideia, no ano passado, o Índice Small Cap (SMLL) foi a aplicação mais rentável de 2017, tendo rentabilidade nominal (sem descontar a inflação) de 49,37%, segundo o jornal Valor Econômico. Apenas em segundo lugar veio o Ibovespa, com 26,86%. Ficou interessada?
A seguir, você vai aprender:
Afinal, o que são small caps?
“De maneira geral, são ações de empresas de menor porte quando comparadas com as empresas de grande porte da Bolsa”, explica Pedro Paulo Coelho Afonso, chefe de Operações da Gradual Investimentos.
Para você ter noção desse tamanho, alguns exemplos de blue chips brasileiras são Itaú Unibanco, Petrobras, Vale e Ambev – já consolidadas no mercado e com potencial de lucratividade mais previsível. Já entre as small caps estão Magazine Luiza, Laboratórios Fleury, Ser Educacional e Gol Linhas Aéreas – portanto, elas também podem ser companhias estáveis e com potencial de ganhos.
Em números: “O Itaú Unibanco tem uma capitalização de mercado de R$ 308 bilhões e as ações têm um volume médio de negociação diária de R$400 milhões. A IMC, dona das marcas Viena e Frango Assado, é uma small cap com capitalização de mercado de R$1,5 bilhão e volume médio diário de negociação de R$ 3,5 milhões”, exemplifica Marcia Valéria Scaramela, planejadora financeira CFP® pela Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros.Ou seja, elas não são exatamente empresas pequenas – elas apenas possuem menor capitalização de mercado. Por isso, acabam recebendo menos atenção do mercado e são mais voláteis em suas precificações, o que lhes confere uma capacidade de valorização maior.
O fato de elas terem grande potencial de valorização é um dos maiores pontos positivos das small caps. Outra vantagem é que a investidora pode encontrá-las a um preço menor do que as de empresas maiores, permitindo comprar um lote padrão (um pacote com, geralmente, 100 ações) com menos dinheiro do que faria ao adquirir um lote de blue chips.
“A investidora que compra small caps pode esperar uma rentabilidade dessas ações no médio e longo prazo. Uma vez que as ações são consideradas baratas, a tendência é que ela traga fortes rentabilidades, muitas vezes acima de 50%”, afirma Daniela Casabona, assessora financeira da FB Wealth.Por outro lado, investir em small caps pode ser uma aventura muito mais inconstante. Isso porque são ações que apresentam maior risco e volatilidade quando comparadas àquelas mais consolidadas, além de terem menor volume de negociações na bolsa. Esses fatores diminuem sua liquidez – em outras palavras, pode ser muito difícil vendê-las caso haja uma grande queda.“São empresas que costumam apresentar maior risco de mercado justamente por estarem em fase de amadurecimento em setores ainda não consolidados ou em fase de crescimento”, acrescenta Afonso.De acordo com Anderson Pellegrino, professor de Economia da IBE-FGV, as small caps são especialmente sensíveis às variações do mercado, desde situações de estresse no mercado financeiro até a entrada de grandes fundos de investimento, e podem variar bruscamente de valor.Porém, isso não precisa ser, necessariamente, visto com maus olhos: basta saber aproveitar. “Isso pode deixar as ações mais caras por um longo período ou mais baratas, neste último caso criando ótimas oportunidades de compra desses papéis”, pontua.
Por terem baixa liquidez, elas são mais indicadas para quem pode deixar o dinheiro investido em longo prazo – ainda maior do que nos casos de ações de blue chips. Ou seja, o ideal é que você não precise dessa grana dentro de um prazo de três a cinco anos e, se possível, esteja disposta a até mesmo perdê-la.
O processo é o mesmo de investir em ações, assim como os cuidados. No entanto, neste caso, você deverá prestar ainda mais atenção onde coloca seu dinheiro.Não existe um valor mínimo para investir. Porém, fique de olho nos diversos impostos e taxas de corretagem – para valer a pena, é importante aplicar uma quantia que justifique bancar todas essas despesas. Saiba mais sobre as tarifas aqui.
Pesquise sobre a empresa, seu potencial de crescimento, o setor ao qual ela pertence e as oportunidades deste setor no País. Por exemplo, um dos motivos pelos quais as small caps terem crescido tanto no último ano foi a expansão dos setores ligados ao chamado consumo discricionário – de bens e serviços não essenciais –, aos quais pertence boa parte dessas ações.“Eles foram os que mais sofreram durante a crise e, portanto, são os que podem apresentar maior crescimento de lucro no período de recuperação econômica. Ou seja, as small caps valorizaram bastante ano passado, mas foram as que mais sofreram durante a crise. Isso costuma acontecer recorrentemente”, diz Marcia.Os especialistas dão outras dicas:
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