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Investimentos de longo prazo: como escolher?

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Notícias 01 Set, 2017
Se na sua listinha de sonhos está abrir um negócio em 5 anos, comprar uma casa em 10 ou se aposentar com tranquilidade em 20, você precisa de um bom planejamento de investimentos de longo prazo.

Se na sua listinha de sonhos está abrir um negócio em 5 anos, comprar uma casa em 10 ou se aposentar com tranquilidade em 20, você precisa de um bom planejamento de investimentos de longo prazo.

Com um horizonte de tempo folgado à frente, é possível alcançar resultados financeiros bem interessantes e, realmente, colocar os seus planos em ação. Mas, para que você alcance os resultados esperados, é preciso muita pesquisa e disciplina. Para ajudá-la, mostramos o que deve ser colocado no papel na hora de escolher um investimento e apresentamos algumas opções que podem se encaixar nas suas metas. Confira.

O que ter em mente ao escolher um investimento de longo prazo

1) Entenda os seus objetivos

Antes de partir para a pesquisa de produtos financeiros, é preciso saber, primeiramente, aquilo que você deseja conquistar. Por isso, tire um tempo para organizar seus pensamentos e estabelecer quais dos seus planos são prioritários.

2) Identifique seu horizonte de tempo

“Traçando um objetivo, você poderá mensurar quanto ele vai custar e em quanto tempo deseja alcançá-lo”, diz André Bona, educador financeiro do Blog de Valor. Como cada produto financeiro costuma ser mais adequado para um prazo específico, estabelecer o seu horizonte de tempo será fundamental na escolha de investimentos certeiros.

3) Busque rentabilidade real

Bona explica que, no longo prazo, é preciso cuidado para que os recursos investidos tenham retornos acima da inflação, a chamada rentabilidade real. “Isso corresponde a um efetivo aumento do poder de compra e preservação de seu patrimônio.”

Para Fernando Marcondes, planejador patrimonial do Grupo GGR, o retorno esperado deve ser proporcional ao prazo de resgate, ou seja, quanto mais tempo seu dinheiro ficar investido maior deve ser o retorno.

4) Diversifique

Aqui vale a já conhecida frase: não coloque todos os seus ovos na mesma cesta. O professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Agostinho Pascalicchio enfatiza que em aplicações de longo prazo é preciso buscar dois principais fatores: rentabilidade e segurança. E para alcançar esse objetivo, é importante diversificar os investimentos.

Com um maior horizonte de tempo, é possível, inclusive, mesclar ativos mais conservadores a outros mais agressivos – respeitando sempre o seu perfil de investidora.

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5) Pense na tributação

Diversos produtos são pensados para privilegiar investimentos de longo prazo na tributação. Por isso, Pascalicchio explica que é preciso planejar as aplicações para pagar menos impostos e otimizar a rentabilidade.

6) Informe-se

Não adianta optar pela primeira opção que conhecer: investimentos exigem pesquisa. “O mercado brasileiro oferece diversas opções de aplicações, por isso, ter as informações adequadas faz muita diferença na hora de escolher”, orienta o professor do Mackenzie.

Opções de investimentos para considerar

1) Tesouro IPCA+

O título do Tesouro Direto indexado à inflação é um dos queridinhos para investimentos no longo prazo. Como acompanha o IPCA, ele garante ganhos acima da inflação em prazos de vencimento que hoje variam de 2024 a 2050 – entenda melhor aqui como escolher um título do Tesouro Direto.

2) Outros produtos de renda fixa

Não só o Tesouro IPCA+, mas outras aplicações em renda fixa podem atender aos seus objetivos. Ativos conservadores, como CDBs, LCIs e LCAs, por exemplo, com boas taxas de retorno e prazos mais longos de vencimento, podem trazer bons resultados financeiros – se não conhece, veja aqui como eles funcionam. Deixando os recursos investidos por anos, você conseguirá realmente colocar os juros compostos para trabalharem a seu favor.

Em geral, o acesso a esses investimentos por meio de corretoras oferece a vantagem de você poder escolher opções que pagam percentuais mais elevados do CDI, ou seja, que lhe garantam mais rentabilidade. Isso é especialmente vantajoso para as pessoas que possuem pouco dinheiro para investir e dificilmente teriam acesso a esses produtos por conta própria – tendo em vista que os bancos costumam oferecer condições melhores de acordo com o valor investido. É preciso ter atenção, no entanto, para as taxas de corretagem. Dê preferência para corretoras que não fazem essa cobrança – veja aqui como escolher uma corretora.

“Há ainda outras opções, como as debêntures, CRIs e CRAs, porém todas elas possuem um nível de risco mais elevado”, coloca Bona.

3) Previdência privada

previdência privada pode representar uma boa opção para o longo prazo, mas, para saber se está fazendo um bom negócio, é preciso ficar atenta às condições colocadas. “É importante comparar a rentabilidade oferecida a de outros ativos e considerar as taxas cobradas”, orienta Pascalicchio. Além disso, é necessário ter consciência de que o produto é indicado para um prazo acima de 10 anos.

Para Bona e Marcondes, as vantagens da previdência podem vir dos benefícios tributários e da facilidade na sucessão em caso de falecimento do beneficiário, apesar disso, é importante fazer as contas.

4) Fundos de investimento

Os fundos de investimento também devem ser considerados para diversificação. Os especialistas indicam, principalmente, os multimercado, que misturam em sua composição de carteira ativos mais e menos arriscados – veja aqui o que considerar na hora de escolher um fundo.

Novamente vale o conselho para prestar atenção às taxas cobradas. Alguns fundos cobram taxas de administração tão altas para fazer a gestão dos recursos que a rentabilidade final não compensa para a investidora.

5) Mercado de ações

Por fim, é possível colocar parte dos seus recursos no mercado de ações – já que trabalhando com um prazo maior é possível minimizar os riscos de perda. “É importante lembrar que escolhendo empresas sólidas e tradicionais do mercado, o investimento se torna bem menos arriscado”, diz Pascalicchio. Um diferencial das ações é o pagamento de dividendos, que pode oferecer um ganho extra à investidora.

Vale também a recomendação para encarar esse mercado como uma estratégia de diversificação. Ainda que você tenha intenção de investir em ações, é recomendável que outra parte de seus recursos fiquem aplicados em ativos mais conservadores, como forma de amenizar o risco assumido.

 

Fotos: Shutterstock

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