Se na sua listinha de sonhos está abrir um negócio em 5 anos, comprar uma casa em 10 ou se aposentar com tranquilidade em 20, você precisa de um bom planejamento de investimentos de longo prazo.
Com um horizonte de tempo folgado à frente, é possível alcançar resultados financeiros bem interessantes e, realmente, colocar os seus planos em ação. Mas, para que você alcance os resultados esperados, é preciso muita pesquisa e disciplina. Para ajudá-la, mostramos o que deve ser colocado no papel na hora de escolher um investimento e apresentamos algumas opções que podem se encaixar nas suas metas. Confira.
Antes de partir para a pesquisa de produtos financeiros, é preciso saber, primeiramente, aquilo que você deseja conquistar. Por isso, tire um tempo para organizar seus pensamentos e estabelecer quais dos seus planos são prioritários.
“Traçando um objetivo, você poderá mensurar quanto ele vai custar e em quanto tempo deseja alcançá-lo”, diz André Bona, educador financeiro do Blog de Valor. Como cada produto financeiro costuma ser mais adequado para um prazo específico, estabelecer o seu horizonte de tempo será fundamental na escolha de investimentos certeiros.
Bona explica que, no longo prazo, é preciso cuidado para que os recursos investidos tenham retornos acima da inflação, a chamada rentabilidade real. “Isso corresponde a um efetivo aumento do poder de compra e preservação de seu patrimônio.”
Para Fernando Marcondes, planejador patrimonial do Grupo GGR, o retorno esperado deve ser proporcional ao prazo de resgate, ou seja, quanto mais tempo seu dinheiro ficar investido maior deve ser o retorno.
Aqui vale a já conhecida frase: não coloque todos os seus ovos na mesma cesta. O professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Agostinho Pascalicchio enfatiza que em aplicações de longo prazo é preciso buscar dois principais fatores: rentabilidade e segurança. E para alcançar esse objetivo, é importante diversificar os investimentos.
Com um maior horizonte de tempo, é possível, inclusive, mesclar ativos mais conservadores a outros mais agressivos – respeitando sempre o seu perfil de investidora.
Diversos produtos são pensados para privilegiar investimentos de longo prazo na tributação. Por isso, Pascalicchio explica que é preciso planejar as aplicações para pagar menos impostos e otimizar a rentabilidade.
Não adianta optar pela primeira opção que conhecer: investimentos exigem pesquisa. “O mercado brasileiro oferece diversas opções de aplicações, por isso, ter as informações adequadas faz muita diferença na hora de escolher”, orienta o professor do Mackenzie.
O título do Tesouro Direto indexado à inflação é um dos queridinhos para investimentos no longo prazo. Como acompanha o IPCA, ele garante ganhos acima da inflação em prazos de vencimento que hoje variam de 2024 a 2050 – entenda melhor aqui como escolher um título do Tesouro Direto.
Não só o Tesouro IPCA+, mas outras aplicações em renda fixa podem atender aos seus objetivos. Ativos conservadores, como CDBs, LCIs e LCAs, por exemplo, com boas taxas de retorno e prazos mais longos de vencimento, podem trazer bons resultados financeiros – se não conhece, veja aqui como eles funcionam. Deixando os recursos investidos por anos, você conseguirá realmente colocar os juros compostos para trabalharem a seu favor.
Em geral, o acesso a esses investimentos por meio de corretoras oferece a vantagem de você poder escolher opções que pagam percentuais mais elevados do CDI, ou seja, que lhe garantam mais rentabilidade. Isso é especialmente vantajoso para as pessoas que possuem pouco dinheiro para investir e dificilmente teriam acesso a esses produtos por conta própria – tendo em vista que os bancos costumam oferecer condições melhores de acordo com o valor investido. É preciso ter atenção, no entanto, para as taxas de corretagem. Dê preferência para corretoras que não fazem essa cobrança – veja aqui como escolher uma corretora.
“Há ainda outras opções, como as debêntures, CRIs e CRAs, porém todas elas possuem um nível de risco mais elevado”, coloca Bona.
A previdência privada pode representar uma boa opção para o longo prazo, mas, para saber se está fazendo um bom negócio, é preciso ficar atenta às condições colocadas. “É importante comparar a rentabilidade oferecida a de outros ativos e considerar as taxas cobradas”, orienta Pascalicchio. Além disso, é necessário ter consciência de que o produto é indicado para um prazo acima de 10 anos.
Para Bona e Marcondes, as vantagens da previdência podem vir dos benefícios tributários e da facilidade na sucessão em caso de falecimento do beneficiário, apesar disso, é importante fazer as contas.
Os fundos de investimento também devem ser considerados para diversificação. Os especialistas indicam, principalmente, os multimercado, que misturam em sua composição de carteira ativos mais e menos arriscados – veja aqui o que considerar na hora de escolher um fundo.
Novamente vale o conselho para prestar atenção às taxas cobradas. Alguns fundos cobram taxas de administração tão altas para fazer a gestão dos recursos que a rentabilidade final não compensa para a investidora.
Por fim, é possível colocar parte dos seus recursos no mercado de ações – já que trabalhando com um prazo maior é possível minimizar os riscos de perda. “É importante lembrar que escolhendo empresas sólidas e tradicionais do mercado, o investimento se torna bem menos arriscado”, diz Pascalicchio. Um diferencial das ações é o pagamento de dividendos, que pode oferecer um ganho extra à investidora.
Vale também a recomendação para encarar esse mercado como uma estratégia de diversificação. Ainda que você tenha intenção de investir em ações, é recomendável que outra parte de seus recursos fiquem aplicados em ativos mais conservadores, como forma de amenizar o risco assumido.
Fotos: Shutterstock
R. Monsenhor Rosa, 1940 - Centro
Franca - SP - CEP 14400-670
Atendimento:
Seg. a Sex. das 8h às 18h
Dúvidas, Reclamações e Sugestões
Entre em contato conosco:
(16) 3711-1700 - (16) 99973-0195
CNPJ: 47985577/0001-63
© ACIFRANCA. Todos Direitos reservados. Desenvolvido por Agência ACIF + Sophus Tecnologia