Internacional Esporte Clube se destaca pelo futebol com crianças e adolescentes

Um século traduzido em fotos e muitos troféus guardados em uma pequena sala em sua sede social. É assim que a história do Internacional Esporte Clube, pode ser lembrada em Franca. O clube, que nasceu com o nome de Mogiana Esporte Clube, completou cem anos em maio último e, desde 2019, passa por uma restruturação que busca devolvê-lo para uso da comunidade. “Queremos que ele se torne cada vez mais, um clube familiar. Nosso objetivo é ter uma frequência direta de duas mil pessoas por dia”, revela o diretor de esportes do IEC, Eduardo Pimenta. Com sede entre as ruas Cavalheiro Petráglia e Doutor Carrão, na Vila Santos Dumont, o clube, cujas cores são o preto e o branco, possui campo de futebol com medidas oficiais, salão social, quadra esportiva, quadras de areia, academia, sala de dança e piscinas.

 “O Internacional é um clube muito bem estruturado e quando a nova diretoria assumiu, sentimos a necessidade de fazer algumas melhorias, de readequar o espaço. Aproveitamos a pandemia e fizemos toda a pintura interna e externa, adequação do salão com melhoria da ventilação e iluminação com a abertura de novas janelas e mudança do palco, além da reforma dos banheiros”, diz Pimenta. Com a reforma, o salão que no passado recebeu os famosos “bailões”, ficou totalmente repaginado para agora ser oferecido para locação, podendo receber almoços e jantares, festas de casamento, aniversários e outras confraternizações. Enquanto esses eventos não são liberados por conta da pandemia, a administração do clube cedeu o espaço à Prefeitura de Franca para a realização da vacinação contra a Covid-19. “Está sendo uma forma de contribuir com a comunidade e mostrar a revitalização do clube”.

 Além da readequação física, o clube abriu aulas particulares em parceria com terceiros e retomou os projetos sociais que desenvolve em parceria com a Prefeitura Municipal e o Governo Estadual. Atualmente, estão disponíveis no Internacional atividades como natação, hidroginástica, ritmos, academia, futebol de areia, beach tênis, malha, yoga e karatê. Em breve, estão previstas aulas de balé, jazz e teatro. Somado a essas práticas, o futebol masculino e feminino é considerado a menina dos olhos do Internacional. É dele que vem boa parte dos recursos que mantém o clube, juntamente com verbas de utilidade pública, repasse municipal e leis de incentivo ao esporte. “Temos hoje 400 crianças e adolescente entre 4 e 17 anos e metade desses pais é sócio do clube. São eles que estão colaborando para a retomada do Internacional”, destaca o diretor de esportes.

 Projetos Sociais

 Desde 1994, o Internacional é um clube focado em projetos sociais. Segundo o diretor de esportes do IEC, Eduardo Pimenta, ao menos metade das vagas oferecidas nas aulas de futebol é destinada para atender crianças e adolescentes gratuitamente. “É uma forma de tirarmos essas crianças da rua e assim fomentar o esporte e os valores”. Pimenta destaca que o clube já foi responsável pela revelação de grandes atletas e constantemente é sondado por clubes conhecidos para a indicação de jogadores. Outros dois motivos de orgulho do Internacional são o time feminino de futebol, que disputa o Campeonato Paulista da categoria e o Projeto Futuro, que leva aulas de futebol até bairros periféricos da cidade.

 História

  Foi em 3 de maio de 1921 que um grupo de trabalhadores da ferrovia Mogiana fundou, no então jovem bairro da Santos Dumont, nas proximidades da ferrovia, o Mogiana Esporte Clube. Poucos anos depois, próximo da década de 1930, a diretoria presidida pelo senhor Ricardo Pucci, muda o nome para Internacional Esporte Clube.

 A sede atual surgiu em 1968 e só dez anos depois, ocorreu o início da construção das piscinas do clube, através de promoção de discotecas. Nesses cem anos, o Inter Franca, como o clube também é conhecido, teve uma sede campestre, passou por constantes reestruturações, cresceu para acompanhar as demandas da sociedade, enfrentou a ditadura militar, sobreviveu às crises econômicas dos anos 80 e 90 e viu sua comunidade se diversificar a partir dos anos 2000. Apesar de todos os altos e baixos, o clube nunca fechou as portas e sempre se pautou em “formar atletas e seres humanos de verdade”.