Tanto em relação ao setor de serviços como da indústria isso não sinaliza reversão devido às incertezas políticas e econômicas, de acordo com a FGV
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) teve ligeiro avanço de 0,1 ponto na passagem de fevereiro para março, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O indicador saiu de 68,8 pontos para 68,9 pontos no período. Em médias móveis trimestrais, o índice registrou alta de 0,3 ponto em março.
"Nos primeiros três meses do ano a confiança do setor estacionou próximo ao menor patamar da série histórica, observado no trimestre anterior.
No entanto, o grau de incerteza que marca o cenário político e, em consequência, o campo econômico, coloca dúvidas sobre a sustentabilidade dessa trajetória nos próximos meses", alertou Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em nota oficial.
Segundo a FGV, a leve melhora no indicador de março não é estatisticamente significativa e pode ser interpretada como estabilidade. Entre as 13 principais atividades investigadas, cinco apresentaram alta na confiança, uma ficou estável e sete registraram queda.
INDÚSTRIA
Já o Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 0,4 ponto em março ante fevereiro, ao passar de 74,7 pontos para 75,1 pontos no período, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O aumento no indicador em março foi decorrente da melhora das avaliações do setor sobre a situação atual, apesar da piora nas expectativas para os próximos meses.
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O Índice da Situação Atual (ISA) aumentou para 78,6 pontos em março, o maior patamar desde abril de 2015. No entanto, o Índice de Expectativas (IE) recuou para 72,0 pontos, o menor nível da série histórica.
"Apesar da ligeira alta da confiança em março, os resultados da Sondagem da Indústria continuam de certa forma dúbios, refletindo o ambiente de elevada incerteza econômica e política. A percepção em relação à situação atual melhorou em função da continuidade do movimento de ajuste dos estoques. Mas isso tem se mostrado insuficiente para promover um aumento do otimismo do setor em relação aos meses seguintes", avaliou Aloisio Campelo, superintendente adjunto para Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), em nota oficial.
A menor proporção de empresas com estoques excessivos foi o fator com maior influência na evolução favorável do ISA. O porcentual de empresas com estoques excessivos diminuiu de 17,7% em fevereiro para 17,0% em março, o menor resultado desde abril de 2015 (quando estava em 16,3%). Já a parcela de empresas com estoques insuficientes aumentou de 5,7% para 6,2% no mesmo período, a maior fatia desde agosto de 2013 (quando era de 6,7%).
A maior contribuição para a piora do IE de março veio das expectativas com relação à evolução da produção física nos três meses seguintes. O indicador de produção prevista recuou 2,0 pontos ante fevereiro, para 72,5 pontos, o menor nível da série histórica.
"O resultado mostra que fatores negativos, como a ausência de sinais de recuperação da demanda interna, continuam pesando mais na formação de expectativas para os meses seguintes que os fatores positivos, como a redução recente do desequilíbrio de estoques", ressalta a nota da FGV.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou relativamente estável em março, aos 73,7%, 0,1 ponto porcentual acima do registrado mês anterior, quando estava no piso histórico.
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