Termo usado no universo de comunicação, transmídia é processo de contar a história de uma marca explorando diferentes meios para cativar o consumidor
A contação de histórias é uma das mais antigas artes desenvolvidas pelo ser humano. Antes do advento da escrita, o contador de história era reconhecido por sua experiência e sabedoria – e detinha grande importância social por transmitir o conhecimento por meio da fala.
Com a escrita, as histórias se materializaram em suportes físicos. Se, por um lado, o texto escrito poderia ser mais bem elaborado e multiplicado para ter maior alcance, a prática de contar história oralmente mantinha o ato performático, em que se estabelecia a troca de experiências e bagagem cultural em tempo real entre o contador e o ouvinte.
"Uma narrativa pode se desenvolver em diferentes meios, sendo que cada meio tem potencialidades diferentes que influenciam de maneira distinta a percepção do receptor", afirma Wilson Bekesas, doutor em Comunicação e Semiótica e professor da Escola Superior de Marketing e Propaganda.
Quase seis mil anos após a criação da escrita, as marcas também passaram a fazer história – e nos últimos anos começaram a conta-las em diferentes mídias. A ideia de convergência de mídias está por trás do conceito de transmídia.
No universo das marcas, transmídia é o processo de comunicação em que uma narrativa contínua é transmitida em diferentes capítulos por distintos meios para que a história da marca envolva e cative o consumidor.
ORIGEM DA EXPRESSÃO
O termo transmídia foi cunhado pelo estudioso da comunicação americano Henry Jenkins, autor do livro Convergence Culture (Cultura da Convergência), publicado em 2006.
No ano seguinte, Jenkis escreveu um artigo em seu blog que tratava de Transmedia Storytelling, “um processo onde elementos de uma narrativa se dispersam em múltiplos canais com a finalidade de criar uma experiência de entretenimento unificada e coordenada.”
No artigo, Jenkins cita a franquia Matrix, que possuía na época três filmes, uma série de curtas de animação, duas histórias em quadrinhos e vários jogos de videogame.
No caso de Matrix, não havia uma única fonte em que o consumidor poderia colher todas as informações sobre a narrativa – no entanto, cada mídia trazia capítulos autossuficientes que permitiam ao consumidor compreender a narrativa.
BENEFÍCIO DA COMUNICAÇÃO TRANSMÍDIA
As marcas podem usar narrativas transmídia para expressar o seu posicionamento ao mercado, reforçar seus valores e suas características e criar laços e relacionamento com os consumidores.
Uma narrativa transmídia oferece a possibilidade de comunicar diferentes mensagens baseadas nas preferências e hábitos de consumo do público-alvo em cada mídia.
O Itaú possui um posicionamento de marca pautado, entre outros aspectos, em ser um banco digital. Em janeiro, a marca lançou uma propaganda na televisão com o slogan Digitau, que reforçava as facilidades dos serviços digitais do banco.
Dias depois, após críticas por causa do “u” na palavra digital, o banco divulgou no YouTube um vídeo que explicava a diferença entre as duas palavras – no fim da peça publicitária, os atores saem do personagem e brincavam com a quantidade de visualizações do vídeo.
Em 2015, a marca brincou com um meme que fez sucesso no Twitter em que brasileiros explicavam expressões em português para estrangeiros. Em um tweet, a marca afirmava que no Brasil não se fala “eu te amo”, mas sim “não sou Itaú, mas fui feito para você”.
Nos três casos, a marca mantém o seu posicionamento estratégico como a narrativa principal e utiliza mensagens diferentes mais adequadas para cada mídia – ao mesmo tempo em que mantém gera empatia com o público.
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