Recurso é alternativa para conquistar novos e-consumidores, mas requer cautela para evitar grandes prejuízos
Muitos empresários do comércio eletrônico (e-commerce) se veem em um dilema quando o assunto é a cobrança do frete. Oferecer o serviço gratuito ou não? Em que circunstância? Segundo o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP, Pedro Guasti, o varejista deve colocar na balança se é possível arcar com os custos da decisão para atrair os consumidores.
De acordo com levantamentos periódicos da E-bit, de 2013 para 2015, o frete grátis no e-commerce caiu de 60% para 40%. Uma explicação para isso é o alto custo do serviço, que pode ir de R$ 5 a R$ 100, dependendo do peso e volume do produto, bem como da distância do local de entrega. “Trata-se do segundo maior custo das empresas”, frisa Guasti, esclarecendo que a maior despesa são os salários.
Por outro lado, com os preços altos da logística dos produtos, que, dependendo da categoria podem se aproximar do valor da mercadoria, o cliente pode ficar mais resistente à compra e também se tornar mais exigente durante o processo de entrega.
Ação de marketing
Diante da questão e levando em consideração a crise financeira que também afeta o setor, embora seu crescimento nominal tenha sido de 15% no faturamento do ano passado, comparado com o de 2014 – conforme dados da 33ª edição do relatório WebShoppers, produzido pela E-bit/Buscapé –, a indicação é que o frete grátis seja utilizado como uma ação estratégica.
“A empresa pode adotar essa opção por um período preestabelecido e para produtos selecionados, tanto para dar visibilidade ao negócio, quanto para alcançar resultados como aumento nas vendas e novos clientes para sua carteira”, argumenta o especialista em e-commerce e professor da pós-graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Alexandre Marquesi.
É justamente dessa forma que o frete grátis é encarado nas vendas online da rede Ultrafarma– cujo setor (farmácias e perfumarias) foi um dos dois únicos a apresentar crescimento em meio à crise, conforme os dados da mais recente Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada pela FecomercioSP, chegando a 8,1% no início deste ano.
O benefício é oferecido nas compras acima de R$ 29,99, com entregas via motoboy na Capital e Grande São Paulo. Para as entregas via Correios, a regra vale para produtos selecionados pela rede, identificados com um selo azul para a visualização do cliente.
“Trata-se de uma das estratégias de marketing da companhia, que está atrelada à política de preço baixo da empresa”, diz o CEO da Ultrafarma, Francisco Nascimento.
Alternativas
Mas, para micro, pequenos e médios empreendedores do e-commerce, que não possuem capital suficiente para adotar a estratégia da gratuidade, nem por períodos curtos, há opções para reduzir o preço do frete e se tornar mais atrativo aos consumidores.
Na empresa Balão Cultura, e-commerce especializado em balões para festas e eventos, que com frequência fechava vendas cujo valor do frete ficava mais alto que o do produto, a alternativa foi encontrada em duas medidas.
A primeira e principal delas foi um contrato de serviço com fatura mensal com os Correios para as entregas. “Reduzimos em até 50% o valor do frete”, conta o administrador da empresa, Fábio Silveira.
A segunda medida foi a disponibilização dos produtos no Mercado Livre, com um sistema pré-pago cujo envio é feito pelo site. “Foi uma decisão muito assertiva, pois, em um ano, observamos aumento de 25% nas vendas”, menciona o administrador.
Pesquisa de mercado
Segundo Marquesi, o empresário deve procurar a melhor alternativa de forma planejada e avaliar as opções disponíveis no mercado.
Uma das sugestões do professor são os serviços de terceirização de entrega, que já são oferecidos por empresas especializadas. “Com essa alternativa, as corporações eliminam o custo de toda a logística do produto até os Correios.”
Outra opção que tem ganhado visibilidade são os trucks personalizados (veículos caracterizados com o logo da empresa). “Já há companhias que concentram as entregas de determinadas regiões, estacionam o veículo carregado em um ponto já combinado com o consumidor, que vai regirar sua compra”, explica o professor.
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