Natural de Pedregulho, Reginaldo Abrão, 62, plantou sua primeira semente de café ainda na década de 70. Logo a paixão pela cafeicultura floresceu e ele adquiriu, em 1988, a Fazenda Pouso Alto, em Cristais Paulista, onde reformou uma antiga lavoura, com 20 mil pés de café, para iniciar uma produção.
Quase 25 anos mais tarde, em 2012, ocorre a sucessão natural e a propriedade passa a contar com o profissionalismo de seu filho, o engenheiro agrônomo Miguel Garcia Abrão, que traz a especialização no cultivo do café, associada a mais conhecimento e dedicação ao trabalho iniciado pelo pai. Além de agrônomo, Miguel tem pós-graduação em cafeicultura e realizou cursos voltados para o café especial.
“O Miguel trouxe para a fazenda técnicas novas, que começamos a implantar já tendo em vista um café com mais qualidade. Fomos aprimorando e, em 2018, participamos do nosso primeiro concurso de cafés especiais”, diz Reginaldo, que hoje acompanha de longe a produção comandada pela segunda geração.Com áreas que chegam a mais de mil metros de altitude, a fazenda possui 140 hectares sendo 90 de lavoura, onde são cultivados mais de 400 mil pés de café de seis variedades diferentes.
Segundo Miguel, o cultivo de um café de qualidade e o acompanhamento de perto de todos os processos que envolvem a produção sempre foram o diferencial da Fazenda Pouso Alto. Além desse diferencial, a propriedade também realiza o trato cultural nos cafezais com o intuito das plantas se desenvolverem melhor. “Temos um cuidado com a adubação e toda essa parte nutricional do pé. Para termos um bom café, ele já precisa vir bom”, defende.
Como parte desse trabalho, a Fazenda Pouso Alto – que também tem como atividade a criação de frangos para abate – reaproveita toda a matéria prima oriunda das granjas para a produção de um composto, que uma vez ao ano é aplicado nos cafezais. “Essa matéria orgânica reduziu em 60% o uso de adubos e trouxe mais qualidade para o café”, revelou Miguel.
Com foco na sustentabilidade em todas as etapas que envolvem o cultivo do grão, a propriedade faz o reuso da água e tem um talhão irrigado. Outra prática realizada na Pouso Alto é a seleção de lotes para uma ‘panha’ especial antes da colheita oficial com o objetivo de identificar o potencial de cada lavoura.
Também integra o processo a colheita manual em lavouras mais novas (as demais são mecanizadas), secagem em terreiro por um período de 2 a 3 dias e na sequência até 30 horas de secador. Posteriormente a fazenda utiliza de tulhas de madeira e de chapa para descansar o café, antes da etapa de benefício.
O Comercial
Para os apreciadores de café, a Fazenda Pouso Alto seleciona os melhores lotes e os prepara artesanalmente nas versões torrado em grãos e moído. Há ainda a versão do Café Pouso Alto em cápsulas, sendo que todas podem ser adquiridas pela internet, por meio de marketplace ou pelas mídias da fazenda e em cafeterias.
A marca foi criada há três anos para dar mais visibilidade ao trabalho realizado na propriedade, que também realiza a venda de café verde para cafeterias com torrefação.
Segundo Miguel, o próximo passo é fazer venda direta para mercados internacionais. “Estamos nos preparando para essa próxima etapa e já temos compradores em vista na União Europeia”, adiantou o cafeicultor.
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