Após dois anos de recessão e um ano de 2017 caminhando para a recuperação, muito se espera de um ano em que o País, depois de enfrentar o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016, passará por eleições e as reformas econômicas pretendidas pelo atual governo. Com um 2018 cheio de expectativa, presidentes dos principais sindicatos e associações de Franca, assim como economistas, apontam para um ano em que a economia, tanto no cenário nacional como municipal, deve crescer com mais força.
“As perspectivas econômicas para o país, este ano, são promissoras. A confiança do consumidor vem se restabelecendo gradativamente e, depois de 3 anos de queda, o índice da FGV (Fundação Getúlio Vargas) - que mede essa predisposição ao consumo - teve saldo positivo. Além disso, o Banco Central acredita que a taxa de juros deva se manter em 7% ou mesmo retroagir em 0,5% e o PIB (Produto Interno Bruto) crescer 2,9%, ao longo deste ano”, disse o presidente da Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca), Dorival Mourão Filho.
No caso de Franca, com base nas projeções do Instituto de Economia Acif, a perspectiva para a geração de empregos é de crescimento. O número de contratações do primeiro semestre de 2017 deve se repetir no primeiro semestre de 2018. Contudo, as demissões serão menores, ocasionando um saldo maior de empregos e demonstrando estabilidade no mercado de trabalho francano. A expectativa é de que, puxados pelo comércio, cerca de nove mil postos de trabalho sejam gerados neste primeiro semestre, ou seja, quase 40% a mais do que o constatado no mesmo período do ano anterior.
No caso da indústria de calçados, que viu nos últimos anos cair o número de vagas abertas e também de pares vendidos em Franca, a expectativa também é positiva. “Em 2017, as exportações permaneceram em patamar semelhante ao dos anos anteriores, com uma perda de 10 milhões de pares e somando 21 mil funcionários empregados no setor. Apesar disso, acompanhamos a redução no índice da inflação e também uma previsão de PIB maior para esse ano, o que nos faz ter boas expectativas”, disse o presidente do Sindifranca, José Carlos Brigagão do Couto.
Brigagão citou ainda a Couromoda, que acontecerá entre os dias 15 e 18 de janeiro, como um termômetro para o setor. “Acredito já em bons resultados e expectativa positiva para as empresas que participarem. Buscamos o fortalecimento das exportações. É claro que ainda precisamos de muitas melhoras, especialmente as reformas por parte do Governo Federal”, completou.
A expectativa positiva é confirmada pelo economista Antônio Santos Moraes Júnior, que apesar de afirmar que a economia do Brasil deverá crescer tanto em 2018 como em 2019, enxerga um cenário longe do ideal. “Depois de um período de crise, é normal ter um momento normal, isso independente dos malabarismos, essa evolução é normal, assim, todos os institutos apontam para um crescimento de 3%, o que é bom, perto do que a economia brasileira passou. Esse número é pequeno e longe do ideal, mas ainda é motivo de comemoração”, disse.
Insegurança
O especialista ressaltou ainda a insegurança dos investidores, que, segundo ele, é provocada especialmente pelas incertezas políticas. “Para um crescimento mais substancial, seria necessário mais investimento e isso não vai acontecer com o atual cenário de instabilidade política e as incertezas provocadas pelas reformas. Não recuperaremos tudo o que foi perdido desde 2014, porém, haverá melhoria na qualidade de vida e mais vagas no mercado de trabalho”, finalizou.
*Fotos:Dirceu Garcia
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