Se não fosse um bilionário, Richard Branson talvez fosse considerado apenas um pândego excêntrico ou um bobo alegre.
No entanto, as performances anárquicas, as auto ironias e as tiradas que alçaram o criador do Grupo Virgin ao patamar de um rock star não são gratuitas e têm tudo a ver com o fato de ter ganho bilhões.
Sob a marca Virgin, em quase 50 anos, já estiveram centenas de negócios. Criador e criatura se confundem em torno da ideia de curtir a vida.
Atualmente, calcula-se que o Grupo Virgin reúna cerca de 200 empresas, responsáveis pelos US$ 5 bilhões de dólares de receita do conglomerado.
Espalhados pelo mundo, os setores de atuação refletem a miríade de interesses do empresário – música, aviação, varejo, telecomunicações, transporte ferroviário, hotelaria, mídia e até uma inacreditável agência de viagem espacial.
FUN, FUN, FUN
Fun é a palavra-chave para entender este senhor inglês de 66 anos, condecorado por Elizabeth II com o título de Cavaleiro do Império ou Sir.
Pense na palavra em todos os seus significados - diversão, humor, prazer, alegria, brincadeira - e se terá o perfil exato do megaempreendedor. Em livros e entrevistas, ele faz questão de prestar um tributo ao fator fun em sua vida.
A capacidade de identificar uma boa piada e tirar prazer de suas vivências se aplicaram especialmente no que poderiam ser desvantagens e fracassos.
Branson enfrentou a dislexia na vida escolar e se recusou a deixar a deficiência atrapalhar a vida profissional. Não poderia ter melhor resposta do que iniciar a vida de empreendedor aos 16 anos.
Nas grandes disputas em que se envolveu, preferiu rir de si mesmo ou apelar para o humor ao invés de tripudiar sobre os concorrentes. Que o diga a British Airways.
Na árdua batalha para diminuir o monopólio da estatal, posou alegremente vestido de aeromoça diante de centenas de jornalistas para pagar uma aposta.
Isto não é nada perto das aventuras em que se meteu, como tentar a volta ao mundo em um balão, fazer esqui aquático com uma jovem nua agarrada a suas costas, olhar de perto um furacão e se fantasiar de zulu e Elvis Presley para inaugurar filiais de suas empresas pelo mundo.
Branson nunca se importou em ser fotografado em situações hilárias ou que inibiriam a maioria dos seres humanos.
PIADA PRONTA
Quando resolveu colocar no papel sua visão de negócios e o que aprendeu com eles, não fugiu da piada feita. Um dos livros se chama Losing My Virginity (Perdendo minha virgindade) e o outro, Like a Virgin (Como uma virgem). Ganhou tratamento de guru de gestão.
Do mesmo modo que considera essencial ter prazer com os negócios, estimula os funcionários e executivos a se divertirem com o trabalho. Aliás, senso de humor é um fator de corte na seleção de talentos. E são 50 mil pessoas trabalhando no grupo.
O espírito fanfarrão, no entanto, não se limita às jogadas para a plateia. Está por trás das inovações que ele levou a cada novo mercado em que entrou e causou uma reviravolta. Dois exemplos – aviação e loja de música.
Muitas das ideias vieram de necessidades que percebeu na vida real ou de problemas que viveu na pele, como os péssimos serviços em aviões.
Como resposta, criou uma companhia aérea com serviços inéditos na época, como massagens, bar, tomadas individuais e refeição a critério do passageiro. Nenhuma indústria permaneceu igual após ser tocada por Branson.
ABAIXO OS MANUAIS
Entre suas excentricidades, está a de recorrer o menos possível a contadores e consultores. Ao contrário do que pregam os bons manuais de gestão, ele se orgulha de fazer negócios guiado pelofeeling. É assim que o dono da Virgin se diverte.
Empreendedor serial, ao invés de comprar casas, iates e aviões cada vez maiores, como fazem seus pares bilionários, Branson se alegra em reinvestir os ganhos em novos negócios. E fica muito triste quando precisa se desfazer de algum, como aconteceu recentemente com a aérea Virgin America.
Com a idade, o empreendedor mudou o foco de sua diversão. Desde 2014, Branson está envolvido em iniciativas para “mudar o capitalismo”.
Criou a ONG BTeam em conjunto com lideranças globais para propor um plano B capaz de tornar os negócios mais sustentáveis do ponto de vista social e ambiental, além do econômico. Que ele tenha o mesmo sucesso e diversão.
“COMO ME DIVERTI E FIZ FORTUNA FAZENDO NEGÓCIOS DO MEU JEITO”
Além das aventuras e brincadeiras, o bilionário não se cansa de transmitir o que aprendeu no mundo empresarial. Sua vivência absolutamente original rendeu aprendizados valiosos para quem está se aventurando no empreendedorismo.
Veja, nas próprias palavras de Richard Branson, as vantagens de serfun nos negócios.
MOTIVAÇÃO
“Se me divirto fazendo algo, entendo que outras pessoas também se divertirão. Então, diversão se torna o filtro quando vou tomar uma decisão.”
“Diversão é um dos ingredientes mais importantes – e subestimados – de qualquer empreendimento bem sucedido. Se alguém não encontra prazer no que faz, então está na hora de largar pra lá e tentar outra coisa.”
“Preocupe-se em garantir o humor. Não serve pra nada estar em um negócio se não der prazer. Divirta-se com seu time, seus fornecedores e as companhias com quem trabalha. É muito mais gratificante manter um ambiente saudável do que se enfiar em constantes batalhas. Não tome tudo como pessoal. Aproveite agora e sempre.”
REALIZAÇÃO
“Não penso que trabalho é trabalho e diversão é diversão. Tudo é vida.”
“Gastamos 80% da nossa vida trabalhando. Todo mundo quer ter diversão em casa. Por que não ter diversão no trabalho?”
EQUIPE
“Prefiro promover gente da equipe a contratar fora porque são pessoas que assimilaram o espírito da empresa.”
“Enquanto a maioria das companhias prefere contratar funcionários com um currículo relevante, a Virgin busca pessoas que tenham cabeça aberta, atitudes firmes e estejam ávidas por diversão. Quando encontramos a pessoa certa, é só treinar.”
CONCORRENTES
“Se você é uma empresa pequena enfrentando uma grande companhia, vai precisar de senso de humor.”
“Usar uma abordagem atrevida nos negócios e dar espetadas engraçadas e gentis nos adversários nos ajudou a colocar o nome da Virgin no mapa.”
“Sinto um grande prazer em chacoalhar a liderança de um monte de empresas e deixar claro a elas que nada mais será como antes porque a Virgin chegou.”
POSICIONAMENTO
“Quando criei a Virgin Airway, não sabia o tanto que ignorava do setor de aviação. Não tinha ideia de quanto planejamento precisava para fazer uma companhia área funcionar. Então, resolvi olhar do ponto de vista do passageiro e competir por serviços. Concentrei o negócio no que conhecíamos melhor – entretenimento – e criamos uma companhia com bom preço e capaz de trazer de volta a diversão para as viagens aéreas.”
Imagens: Divulgação
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