Desde que foi lançado no Brasil no início de agosto, o Pokémon Gose tornou uma febre entre os usuários.
Apesar das diversas polêmicas que circundam jogo –algumas relevantes, como atropelamentos e furtos de celular, e outras que beiram a teoria da conspiração –, o aplicativo é um tremendo sucesso.
Estimativas apontam que o Pokémon arrecadou mais de U$ 200 milhões e já conta com mais de 75 milhões de adeptos no mundo. E esses números não param de multiplicar.
Assim como já acontece nos Estados Unidos, alguns comerciantes estão aproveitando esse fenômeno para impulsionar seus negócios.
Mas de acordo com o Bruno Pinheiro, especialista em marketing digital, se comparado com os outros países, ainda estamos engatinhado.
QUEM PODE UTILIZAR E COMO
Pinheiro explica que, ao contrário do que muitos pensam, o jogo pode ser usado por qualquer tipo de negócio.
“Pode ser comércio, prestador de serviço ou até mesmo a indústria. A diferença acaba sendo na estratégia online que essas empresas devem adotar”, afirma Pinheiro.
O primeiro passo para utilizar esse recurso é entender como aplicativo funciona. Mesmo para os que não gostam de Pokémon ou de jogos online, é fundamental utilizá-lo para entender como ele funciona.
Existem diversos recursos dentro do jogo, alguns pagos e outros gratuitos.
Um dos maiores atrativos do jogo é a interação entre um mundo real e virtual, e quanto mais o empresário entender essa dinâmica, mais fácil será utilizá-lo a seu favor.
O erro mais comum é atrelar o jogo às promoções. As ações mais frequentes são as que oferecem descontos para os jogadores que estão caçando perto do estabelecimento comercial.
Pinheiro aconselha os empresários a pensarem de forma mais humana e menos óbvia.
O foco não deve se limitar aos números. Uma das estratégias para quem não tem uma verba de marketing, por exemplo, é oferecer o local como um ponto de encontro para os jogadores carregarem a bateria e utilizaram o Wi-Fi gratuito.
“O retorno será rápido e terá custo praticamente zero”, afirma Pinheiro.
AS LIÇÕES DE QUEM UTILIZA
O Continental Shopping, localizado no Jaguaré, zona oeste de São Paulo, é um bom exemplo de como utilizar o Pokémon Go para ajudar o comércio.
Logo que o jogo foi lançando, os lojistas e administradores perceberam que o local era um dos pokestops (pontos em que os jogadores encontram novos itens).
Por isso, a administração decidiu usar isso em suas ações de marketing. Além da divulgação nas redes sociais, eles criaram uma sinalização para que os caçadores de Pokémon achem esses pontos dentro do shopping.
“Como é algo muito novo ainda estamos estudando outras formas de utilizar o jogo”, afirma Rodrigo Rufino, gerente de marketing do Continental Shopping.
“O próximo passo é usar Lures [itens que ajudam a atrair mais pokémons] e criar um dia especial em que o shopping ficará cheio de caçadores.”
Além disso, o shopping estuda colocar pontos em que os celulares possam ser recarregados e aumentar a capacidade do Wi-fi.
“Não temos números fechados sobre isso, mas é possível notar que circulação de pessoas aumentou desde que o jogo foi lançado”, diz Rufino.
O Pátio Limeira Shopping, a 140 quilômetros de São Paulo, tem uma ação similar. Eles perceberam que muitas pessoas tinham receio de jogar na rua, principalmente por causa dos furtos, e se tornam um ambiente seguro para esses jogadores.
Além disso, eles organizaram um PokéDay dentro do shopping – um dia de competições, prêmios exclusivos e orientações para os iniciantes.
“O principal não é a apenas a geração de fluxo, e sim a interação do shopping com os clientes”, afirma Nicolas Cancas, gerente geral do Pátio Limeira Shopping.
Outro bom exemplo de como utilizar os recursos do Pokemon foi dado pela Microcamp, rede de escolas de informática. Todas as unidades ofereceram um workshop gratuito para explicar o jogo e suas funções.
A atividade foi bem-sucedida. O número de visitas nas 25 unidades do interior de São Paulo cresceu 45% em relação ao mês anterior.
“Eles souberam aproveitar a oportunidade”, afirma Bruno Pinheiro, especialista em Marketing Digital. “Ninguém iria estudar na escola pelo simples fato de ter um pokémon disponível, mas talvez possa fechar negócio, caso tenha gostado dos ensinamentos do tutorial.”
FOTO: ThinkStock
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