Elas também estão à frente de 46% dos MEIs abertos na cidade

Em razão do Dia Internacional da Mulher - data instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1975 como forma de propor reflexões sobre a igualdade de direitos entre os gêneros, celebrada em 8 de março - o IE-ACIF (Instituto de Economia da Associação do Comércio e Indústria de Franca) realizou um levantamento sobre a mulher francana no mercado de trabalho e no empreendedorismo com base em fontes como o IBGE, Rais, Novo Caged e Receita Federal.

De acordo com os dados apurados, 51,5% da população francana é formada por mulheres, somando 181.647 cidadãs locais.  Em relação ao mercado de trabalho, as mulheres foram responsáveis por 55% dos empregos gerados em 2024, com um saldo positivo de 1.748 vagas formais. O setor de Serviços lidera a absorção da mão de obra feminina, com 1.178 postos de trabalho criados, seguido pelo Comércio, que registrou 508 novas admissões.

“Apesar dos avanços, a disparidade salarial ainda existe. Enquanto a remuneração média dos homens é de R$ 3.146,46, em Franca, a das mulheres é de R$ 2.919,99, o que equivale a uma diferença de 7%. O cenário ainda não é o ideal, mas, observamos avanços. Em 2007, primeiro ano da série histórica da Rais sobre o tema, essa diferença chegava a 16%”, diz o presidente da ACIF, Fernando Rached Jorge. “Iniciativas como plano de carreira e remuneração estabelecida por cargo são adotadas pela ACIF há muito tempo, a fim de mitigar tais discrepâncias e incentivar as empresas locais a aderirem mecanismos do tipo”, afirma.

No empreendedorismo, as mulheres também demonstram força e representatividade. Dos 36.813 MEIs cadastrados em Franca, 46% são mulheres, somando 17.032 empresárias que movimentam a economia local, com grande destaque para os setores de comércio de vestuário, estética e vendas.

“Esses dados destacam a importância da equidade de gênero no desenvolvimento econômico da cidade, reforçando a necessidade de políticas e iniciativas voltadas para a valorização da mulher no mercado de trabalho e no empreendedorismo”, afirma Fernando. “Há mais de 20 anos, o Conselho da Mulher Empreendedora da ACIF vem sendo um forte estímulo à pauta, promovendo qualificação, suporte e representatividade. Em 2010, por exemplo, o CME-ACIF foi porta voz das pequenas empresárias dentro da ONU Mulheres, em Nova York.”.

Tarissa Esteves/Assessoria de Imprensa ACIF    Foto: Wilker Maia/ACIF

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