Jogo se passa no Rio de Janeiro e participantes precisam sobreviver a um apocalipse

Apaixonados por games, os irmãos francanos Jhoniker e Bannaker Bráulio, hoje com 30 e 26 anos, respectivamente, decidiram criar um jogo inovador e que atendesse aos anseios de muitos gamers que, assim como eles, queriam participar mais do processo de criação. Foi pensando nisso que, em 2019, eles deram o primeiro passo para a criação do Rio-X, um jogo de sobrevivência on-line que se passa no Rio de Janeiro.

“Jogávamos bastante e na época meu irmão se interessou por desenvolver um jogo que tivesse mais o olhar do jogador, tendo ali tudo que nós, como jogadores, gostaríamos de ver naquele game”, conta Jhoniker, CEO da First Phoenix Studio, empresa que tem com o irmão e mais dois sócios e é responsável por desenvolver o Rio-X . “Começamos sem nada, eu ainda trabalhando como garçom e meu irmão como pedreiro. Não conseguíamos nos dedicar exclusivamente ao desenvolvimento do jogo, mas tínhamos a ideia e a certeza do que estávamos criando”, explica.

Sem capital para aplicar na produção do jogo, os irmãos foram até Campinas atrás de um investidor que gostou da ideia e topou embarcar no projeto. “Mas ele tinha uma condição”, conta Jhoniker. “Precisávamos participar da Brasil Game Show e conseguir ficar entre os dez primeiros na feira. Tivemos 30 dias para nos dedicar exclusivamente ao jogo. Montamos o estande e a nossa demo nem estava pronta, terminamos lá”, diz.

Mesmo com o prazo curto e a falta de experiência na área, o projeto dos irmãos surpreendeu e conquistou o 1º lugar como o melhor jogo em desenvolvimento da América Latina, naquela edição, em 2019.

Com o resultado, os irmãos conseguiram o primeiro grande investimento, R$ 300 mil, e passaram a se dedicar exclusivamente ao desenvolvimento do game. Depois de dois anos de desenvolvimento, no início de 2022, a empresa entrou para o mercado do Web3, o que atraiu investidores do exterior.

“Quando começamos, éramos apenas meu irmão e eu. Crescemos e, hoje, somos 13 colaboradores, além de prestadores de serviços”, diz o CEO. “Hoje, meu irmão está em São Paulo, trabalhando de lá, temos escritório em Campinas e funcionários em Mato Grosso e até em Portugal. Nossas reuniões são, na grande parte do tempo, em inglês e conquistamos investidores de fora. Esse é um reconhecimento e que nos permite aperfeiçoar ainda mais nosso jogo e oferecer o melhor para os jogadores”, finaliza.

De acordo com o CEO, o investimento total para o desenvolvimento do jogo, até a versão que será lançada, deve girar em torno de R$ 1 milhão.

O jogo

No Raised in Oblivion X, ou simplesmente Rio-X, o jogador tem como objetivo sobreviver em meio a um apocalipse. Após um vírus infectar grande parte da população mundial, o governo decide construir muros em volta de áreas com muitos infectados.

Em um cenário realista e idêntico às favelas do Rio de Janeiro, o jogador precisa sobreviver buscando comida e bebida. Ao cumprir os pequenos objetivos ao longo do game, o jogador sobe de nível.

Com mais de 150 mil seguidores no Facebook, 30 mil no Instagram e 65 mil no Twitter, o Rio-X conta com o auxílio dos próprios jogadores no desenvolvimento. Um deles, conhecido como Scorpion_out, foi um grande incentivador e, hoje, faz parte do jogo. “No início do desenvolvimento do jogo, o Scorpion_out era um dos nossos incentivadores. Ele acompanhava, comentava, incentivava e curtia muito o projeto”, conta Jhoniker. “Infelizmente, ele morreu em decorrência da Covid-19 e, como forma de homenageá-lo, colocamos o nome dele em um dos cenários do nosso game. Então, ele está eternizado no Rio-X”, explica.

Para que os jogadores tenham a oportunidade de conhecer mais o jogo e ajudar no desenvolvimento, os criadores disponibilizam o Rio-X para a comunidade que formaram. “Toda semana abrimos o jogo para participantes da nossa comunidade e eles nos auxiliam dando dicas, vendo o que pode estar com problema e, assim, vamos aperfeiçoando o game”, explica Jhoniker.

A expectativa é que o lançamento oficial do jogo, que será gratuito, aconteça ainda neste ano. Os interessados em conhecer e entrar para a comunidade do Rio-X podem acessar as redes sociais da First Phoenix Stúdio @ firstphoenix_studio.