Loja Ponto Sem Nó – Linhas e Tecidos comercializa mais de 500 itens

Durante as restrições da pandemia do coronavírus, a loja da empreendedora Ana Paula Penna Said, na Rua Voluntários da Franca, no Centro de Franca, em várias ocasiões registrou fila na porta. O motivo: a procura por tecidos para confecção de máscaras. Entre os muitos consumidores que passaram por lá, alguns ficaram com a sensação da loja ser nova, mas se surpreenderam ao saber que a Ponto Sem Nó – Linhas e Tecidos completará 28 anos, em janeiro de 2022.

Instalada atualmente em um espaço de 180 metros quadrados, a loja começou em um cômodo 13 vezes menor, na Rua Júlio Cardoso, também no Centro da cidade. Ter uma loja de aviamentos era o sonho de Ana Paula, que época tinha 20 anos e fazia artesanato para vender entre amigas. De origem libanesa, o comércio sempre esteve entre as principais atividades econômicas da família, inclusive no ramo de tecidos. “Meus tios tinham comércio e meu avô vendia tecidos, acredito que vêm de família essa veia empreendedora”, conta.

Com a ajuda dos pais – Mansur Jorge Said e Edna Maria Penna Said, Ana Paula finalmente inaugurou sua loja, embora a mãe fosse um pouco contrária devido às exigências do setor comercial. “Trabalhar no comércio exige muito e a preocupação é constante”.

Apesar do estoque enxuto e poucas opções, a agora empresária foi aos poucos conquistando a clientela e ampliando o mix de produtos. Pouco tempo depois, a Ponto Sem Nó muda de endereço para um ponto maior, já na Voluntários da Franca e ali permanece por 21 anos até transferir para a loja atual – a uma quadra do antigo local. “Comecei sozinha, era apenas um corredor”. Trabalhava o dia todo e estudava a noite. Acredito que conquistei tudo graças à minha determinação, diz Ana Paula.

Para ela, mais do que trabalho, comandar a loja de aviamentos é uma paixão. “Sempre gostei de artesanato. Tenho muitas habilidades manuais. Lido com esse tipo de trabalho desde os 6 anos. Faço crochê, tricô, bordados em geral e pinturas em tecidos. Muitas das peças comercializadas na loja foram produzidas por mim”. 

Comerciante nata, Ana Paula sabe o local de cada produto na loja e consegue só de olhar identificar se um item foi vendido. A variedade, inclusive, impressiona. São mais de 500 produtos cadastrados, de diferentes cores, entre toalhas, tecidos, barbantes, linhas diversas, panos de copa, bordados à máquina, fitas, rendas e elásticos. “Quem trabalha com artesanato encontra o que precisa aqui e diferente do que muitos pensam, o nosso público é amplo. Não são somente senhoras. Hoje tem muitas moças fazendo artesanato. Atualmente, estamos atendendo muitas laceiras”.

Hoje a Ponto Sem Nó – Linhas e Tecidos conta com cinco colaboradoras e a participação dos filhos de Ana Paula – Thales Said Cortez e Igor Said Cortez – na administração do negócio. Sobre projetos futuros, a empreendedora mantém os pés no chão e revela que seu maior desejo é conseguir manter a loja aberta em meio às crises econômicas. “Quero continuar trabalhando, enfrentando os desafios de ser comerciante, pois amo o que faço e o resto é consequência”.