Por Jamille Niero
Em 2016, o dólar mais caro e a crise refletiram no mercado de automação residencial e predial, mas de uma forma mais amena. O setor encerrou o ano passado praticamente estável: pesquisa da Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial (Aureside) feita com 150 empresas do segmento apontou que para metade delas (50%) o nível de negócios ficou estacionado, enquanto para 25% diminuiu e para as 25% restantes, aumentou.
De acordo com o diretor executivo da associação, José Roberto Muratori, um dos fatores para a estabilidade no período é o potencial do mercado brasileiro, ainda longe de ser atingido. “Cerca de 3% das casas brasileiras são automatizadas. Em países europeus e nos Estados Unidos, esse porcentual é de 20% a 25%”, ressalta.
Segundo ele, há cerca de 20 anos apenas “mansões” instalavam os sistemas, pensando principalmente na estética do local. Hoje, a motivação é a praticidade: muitas construtoras já os incluem nos novos prédios, inclusive em apartamentos mais “compactos”, para atender o público mais jovem, que encara a tecnologia como parte da rotina.
E é justamente o avanço da tecnologia, que também aumentou o acesso da população aos dispositivos móveis, que ampliou o interesse. “Isso afetou a atividade porque antes era preciso comprar controles específicos, mas os fabricantes perceberam que podem inserir controles em aplicativos por smartphones, item que o consumidor já está acostumado a usar”, diz. Um estudo da Deloitte feito no ano passado mostrou que 80% dos brasileiros têm acesso a smartphones – um índice que só avança, já que em 2013 era de apenas 29%.
Controlar as funções pela internet por meio do aparelho móvel é uma das possibilidades dos kits de automação lançados pela Smartnex visando atrair novos clientes. A ideia é estimulá-los a ter uma primeira experiência com automação sem investir muito. São três opções: para portão de acesso automatizado, com controle criptografado; para pets, que permite ver e ouvir o animal de estimação, controlar a iluminação do ambiente e até mesmo alimentá-lo remotamente por meio de dispositivo específico; e para piscina, no qual é possível acionar de forma remota ou programada o filtro e as bombas dos sistemas de limpeza e operação.
Com os kits, a empresa espera crescer 25% em 2017 e 40% em 2018, resultados superiores ao registrado no ano passado. “A crise impactou na queda de demanda temporária e tivemos que ser mais criativos e agressivos em nosso modelo comercial. A meta de crescimento era de 30%, porém a alta foi de apenas 3%”, conta o presidente da companhia, Cesar Franceschi.
Oportunidade
Para quem deseja empreender no setor, a dica é apostar em nichos, como eficiência energética (muito solicitada por condomínios para reduzir os custos), segurança (monitoramento não só contra roubo, mas para evitar acidentes com vazamento de gás e incêndios), e acessibilidade para a terceira idade e pessoas com deficiência. E vale para todos os tipos de projetos, de novas construções (responsáveis por 80% dos projetos de automação) à adaptação de espaços já existentes.
Para ampliar a carteira de clientes, a sugestão da área de Facilities da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é apostar no esclarecimento dos benefícios atrelados aos sistemas e estreitar o relacionamento com escritórios de arquitetura e engenharia, visto que estes podem indicar as melhores condições de uso.
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