Embora as expectativas em relação à economia brasileira tenham melhorado, e até o Fundo Monetário Internacional (FMI) tenha revisto para cima as projeções de desempenho do país, os indicadores da economia real continuam ruins, especialmente os de consumo.
O cenário é negativo tanto para as vendas neste início de trimestre como para os próximos dois meses. Alguma recuperação é esperada só no ano que vem, concordam especialistas em varejo.
As vendas no comércio paulistano encerram a primeira quinzena de julho com queda 9,2% em relação ao igual período de 2015, segundo dados divulgados pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Esse quadro, que já aparece no movimento do varejo no início deste semestre, é confirmado pelo cenário de consumo traçado para os próximos dois meses.
Pela “Pesquisa de Intenção de Compra no Varejo’ realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos no Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar, apenas 37% dos paulistanos pretendem ir às compras entre julho e setembro.
Esse é o resultado mais baixo de intenção de compras para o período em 14 anos. A enquete, feita com cerca de 500 consumidores na cidade de São Paulo, mostra que essa intenção ainda é negativa para a maioria dos itens pesquisados.
"Mudou o governo federal, mas a trajetória do consumo continua em queda", diz Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar. Ele destaca que um dado importante da pesquisa é que sobra ainda muito pouco da renda disponível para compras, cerca de 5%, depois de pagas todas as despesas obrigatórias.
Além disso, Felisoni observa que variáveis importantes para o consumo, como o desemprego e o medo de ficar desempregado, continuam em alta, além do fato de a taxa de juros estar em níveis elevados - o que inibe as compras a prazo.
Por causa desses fatores, o presidente do Ibevar acredita que a retomada das vendas no comércio varejista será muito lenta. "Acho que poderá ocorrer alguma reação a partir do final do primeiro trimestre de 2017."
Também para Emílio Alfieri, economista da ACSP, o crescimento no varejo deve ocorrer só no ano que vem, quando o governo baixar os juros e as empresas pararem de demitir.
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