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Consumidor busca preços menores, mas não deixa de comprar cosméticos e itens de higiene pessoal

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Notícias 19 Set, 2016
Farmácias e perfumarias tiveram alta nas vendas durante a crise, indo na contramão do restante do setor

Por Jamille Niero

Enquanto boa parte do comércio varejista registra quedas seguidas de faturamento, alguns segmentos tiveram alta mesmo durante a crise econômica. Entre eles, os supermercados e as farmácias e perfumarias, que, segundo os dados mais recentes apurados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), cresceram 2,2% e 10,3%, respectivamente, em maio de 2016 na comparação com mesmo mês do ano anterior.

Segundo a assessoria técnica da Federação, dois motivos podem justificar esse bom resultado, que vai na contramão do desempenho do setor como um todo. Um deles é a comercialização de produtos básicos do dia a dia – como alimentos, medicamentos e itens de higiene pessoal – que as famílias não deixam de adquirir mesmo com orçamento mais apertado.

Outra justificativa é a alta dos preços desses produtos. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, no acumulado de 12 meses até julho de 2016, o grupo saúde e cuidados pessoais (que reúne produtos farmacêuticos e de higiene pessoal) registrou variação de 11,53%, acima do índice geral, que ficou em 8,74%. Com a alta dos preços, o faturamento também se eleva, destacando o segmento.

Cultura
Uma terceira explicação para a manutenção desse consumo seria a cultura brasileira ter grande preocupação com a limpeza pessoal. “Para o brasileiro, quem é considerado limpo ou asseado é quem cheira bem, quem cuida da higiene. Com isso, a indústria da perfumaria e cosméticos ganha importância nessa cultura na qual cheirar bem é importante”, observa Michel Alcoforado, antropólogo e sócio-fundador da Consumoteca, consultoria especializada em consumo e tendências de comportamento.

Ele aponta também a alta do dólar como fator que reduz as compras de cosméticos fora do País ou mesmo nos free shops de aeroportos. “Quem consumia produtos importados passou a parcelar o pagamento desses itens ou substituiu por produtos nacionais e comprados aqui”, frisa.

Dificuldades
Mesmo diante do cenário de alta, alguns lojistas tiveram dificuldades para vender durante a crise, principalmente os pequenos empresários que compram e menor quantidade, o que dificulta a negociação de melhores condições junto ao fornecedor e, consequentemente, oferecer o menor preço. Foi o caso da Mega Charme, especializada na comercialização de cosméticos, que registrou recuo de 20% no faturamento em relação aos anos de 2014 e 2015. Segundo Daniela Cazalini, proprietária da loja, devido à queda nas vendas, muitos revendedores como ela começaram a baixar demais os preços, resultando em baixa lucratividade e alta concorrência.

“O consumidor tem pesquisado mais antes de concretizar a compra e procurado produtos de qualidade, com preços menores ou até mesmo promoções ou kits em que haja desconto”, comenta, explicando que o principal público da loja é formado por profissionais cabeleireiros e consumidor final das classes C e D.

Estratégia
Para agradar o cliente e elevar a receita, o estabelecimento adotou algumas táticas, como aprimorar os meios de pagamentos, oferecendo condições mais acessíveis, e reforçar o relacionamento com o consumidor, inclusive por meio do WhatsApp. Com as mudanças, a empresária revela que já sentiu melhora no movimento, e a expectativa é elevar as vendas em 30% até dezembro.

Para os especialistas consultados, a estratégia ideal é justamente apresentar outras marcas, já que, em momentos de crises, o consumidor busca preços melhores e se permite testar novidades, e facilitar o pagamento, uma vez que ele compra o que “cabe no bolso”.

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