O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou 72 pontos em maio.
Trata-se de uma ligeira queda de dois pontos na comparação com o mês anterior, mas de um aumento de quatro pontos em relação a maio de 2017 (68).
O índice vai de zero a 200 pontos; o intervalo de zero a 100 é o campo do pessimismo e, de 100 a 200, o do otimismo. A pesquisa foi feita entre os dias 1º e 16 de maio pelo Instituto Ipsos em todo o território nacional e tem margem de erro de três pontos.
“O índice mantém-se no patamar pessimista, indicando que o brasileiro ainda não recuperou a confiança na economia e espera sinais mais claros para voltar a consumir de maneira mais intensa”, analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Para ele, a melhora do INC na passagem de maio de 2017 para maio de 2018 se deve às fortes quedas da inflação e dos juros e ao alongamento dos prazos de pagamento nas vendas do varejo.
Classes
Na comparação com maio de 2017, a classe C teve melhor desempenho na pesquisa: a confiança desse grupo de consumidores subiu de 65 para 73 pontos, puxada pelos juros menores e prazos maiores. Já a classe DE ficou estável em 76. Ainda que a inflação tenha beneficiado esse conjunto socioeconômico, os preços não caíram, o que segurou o ânimo desses consumidores. Por fim, a classe AB variou de 64 para 63 neste no contraste anual, mantendo-se a mais pessimista por ser mais bem informada sobre política.
Regiões
As fortes chuvas e o aceno do governo federal em aumentar o Bolsa Família impulsionaram o INC do Nordeste, que subiu de 56 pontos em maio de 2017 para 73 pontos em maio deste ano.
O Sul, por sua vez, cresceu de 70 para 78 pontos, motivado, provavelmente, pela quebra da safra da soja argentina, que elevou os preços do grão.
Já o grupo Norte/Centro-Oeste variou de 83 para 82 pontos. Embora também tenha se beneficiado da elevação da soja, a queda do preço do milho foi prejudicial à região.
Por fim, o Sudeste segue como a área mais pessimista, muito em parte por causa das incertezas no campo político e do arrefecimento da indústria, visto que é a região mais industrializada do País.
Encomendado pela ACSP ao Instituto Ipsos desde 2005, o INC é elaborado a partir de 1.200 entrevistas pessoais e domiciliares em 72 municípios de todas as regiões do País, com base em amostra probabilística e representativa da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2014).
A margem de erro é de três pontos. Trata-se de uma medida da extensão de confiança e segurança do brasileiro quanto à sua situação financeira ao longo do tempo. Além de indicar a percepção do estado da economia para a população em geral, o índice visa a prever o comportamento do consumidor no mercado.
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