O setor da Construção Civil tem crescido na cidade de Franca. Impulsionado pela queda do INCC (Índice Nacional da Construção Civil) - que apura os custos de materiais, equipamentos, serviços e mão-de-obra da construção – e pela verticalização da cidade, o setor apresentou um crescimento de 11,29% na contratação de pessoas, entre maio e junho deste ano, conforme o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregado). Se comparado ao mesmo período do ano anterior, o crescimento chega a 42,76%.
De acordo com o último levantamento da ESTBAN (Estatística Bancária dos Municípios), o capital disponibilizado pelos bancos para Financiamentos Imobiliários apresentaram, em Franca, um crescimento de 12,66% na comparação de abril deste ano a abril de 2016. No Estado de São Paulo e no Brasil, comparando os mesmos períodos, a variação foi positiva em 6,61% e 5,86%, respectivamente.
De acordo com o analista econômico do Instituto de Economia da ACIF (Associação do Comércio e Indústria de Franca), Adnan Jebailey, o desempenho do setor deve manter o ritmo de crescimento graças a investidores que visam retorno de médio e longo prazo. “Nos últimos dez anos, o setor sofreu apenas quedas técnicas em momentos específicos de recessão, como nos anos de 2008 e 2014. Então, o investimento no setor é visto como seguro e rentável, ainda mais neste momento em que os custos de materiais, equipamentos, serviços e afins estão em queda. Assim, a construção se torna mais barata enquanto a rentabilidade do investimento tende a crescer a médio e longo prazo”, afirma.
Construção de prédios cresce 110% em Franca
Outro fator que tem estimulado o crescimento da Construção Civil em Franca é a verticalização da cidade. De acordo com dados da Prefeitura Municipal de Franca, o número de novos prédios residenciais de dois pavimentos e mínimo de quatro apartamentos teve um salto de 110,9% neste primeiro semestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a Divisão de Fiscalização de Obras e Posturas da Secretaria de Planejamento, foram expedidos, entre janeiro e junho deste ano, 251 alvarás de construção do tipo. No ano passado, de forma correspondente, foram 119. Já residências tiveram um salto de 15,99%; comércios 7,23% e uso misto residência e comércio 22,22%.
“Este movimento de verticalização tende a gerar um grande impacto na economia, nas próximas décadas. O aumento da oferta imobiliária deve diminuir os preços dos aluguéis e é esperado que novos centros comerciais surjam entorno das novas concentrações de pessoas que se estabelecem nestes empreendimentos. Além disso, o setor pode rearranjar a matriz econômica da cidade de Franca, elevando até mesmo o rendimento médio local”, diz Adnan.
Atualmente, segundo o Caged, a Construção Civil é responsável por empregar 4,66% da população ativa no mercado formal de Franca; praticamente o dobro do verificado há dez anos (2,65, em 2007). Já o setor de Indústria de Transformação, que em 2007 empregava 55,53% da população, hoje emprega 47,75%. É válido ressaltar ainda que a Construção Civil é o setor que melhor remunera dentre comércio, indústria de transformação e serviços. O salário médio pago é de R$ 1.887,86, enquanto o da Indústria de Transformação é de R$ 1.644,97. Comércio fecha com R$ 1.701,59 e Serviços R$ 1.602,76.
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