A confiança dos empresários da construção aumentou em agosto e atingiu o maior nível desde julho de 2015, segundo aponta índice da Fundação Getulio Vargas (FGV).
De julho para agosto, o Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 1,8 ponto, chegando a 72,5 pontos. Desde fevereiro, quando o indicador chegou a sua mínima histórica, a alta acumulada é de 5,9 pontos.
"Embora o índice continue muito mais próximo do registro mínimo que da média histórica e mostre uma evolução em 2016 menos favorável que a de outros segmentos produtivos acompanhados pelo FGV/IBRE, a tendência de redução do pessimismo já parece evidente", disse, em nota.
A avaliação sobre o presente melhorou. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) subiu 1,5 ponto em agosto, alcançando 64,2 pontos, o maior desde janeiro passado, no entanto ainda segue baixo neste segundo semestre. A principal contribuição partiu do indicador que capta a percepção da empresa em relação à situação atual da carteira de contratos, que registrou alta de 1,7 ponto em relação ao mês anterior, atingindo 63,3 pontos.
Também mostrou melhora o Índice de Expectativas (IE-CST), que alcançou 81,4 pontos, ficando 2,1 pontos acima de julho. A expectativa com a demanda dos negócios para os próximos três meses foi o que mais contribuiu para alta no mês, com variação de 4,0 pontos, atingindo 81,2 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor ficou em 64,5% em agosto, 0,1 ponto percentual acima do resultado de julho, sinalizando certa estabilização do nível de atividade entre os dois meses.
“O empresário da construção começou a sinalizar que não está apenas com expectativas menos negativas. A percepção dominante é de que a atividade lentamente começa uma retomada, o que já está se refletindo no indicador de mão de obra prevista. Nos últimos três meses, os empresários passaram a apontar maior intenção de contratar”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE.
Inflação da construção
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou, em agosto, taxa de variação de 0,26%, abaixo do resultado do mês anterior, de 1,09%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu de 0,12% para 0,16%.
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