Fundada em 2008, a Der Metropol, confecção de moda masculina, desenvolve peças que misturam elementos de alfaiataria num estilo urbano e esportivo, cheio de estampas coloridas.
A pequena empresa já participou de eventos de negócios em Londres, Paris e Veneza, onde seu fundador, Mario Francisco negociou com empresários e firmou contrato para fornecer para lojas italianas.
Nas prateleiras do país europeu, produtos da Der Metropol foram vendidos ao lado de peças de grandes marcas, como Givenchy e Dolce Gabanna. Francisco também forneceu para o grupo H.P France, de origem japonesa. Entre os produtos vendidos havia jaquetas de R$ 1,7 mil, a preço de atacado.
Há um ano, Francisco está capitaneando um processo de renovação da marca –e o foco em exportação continua no radar do estilista empreendedor. Ele foi um dos participantes do Exporta Zona Sul, evento realizado na última quarta-feira (6/06), na Distrital Sul da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Organizado pela ACSP em parceria com o CECIEx (Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras) e o Sebrae-SP, o encontrou serviu para orientar empreendedores a preparar suas empresas para vender mundo afora.
“Exportar é uma estratégia de trabalho continuo que não pode ser requisitada apenas em momentos de crise”, diz Rita Campagnoli, presidente do CECIEx e membro do Conselho Deliberativo da ACSP.
Nos últimos anos, com a queda no consumo interno, muitas empresas buscaram o mercado internacional como fonte de receita. Em 2016, a balança comercial brasileira bateu recorde de superávit e as exportações somaram US$ 185,2 bilhões.
No ano passado, de acordo com a Organização Mundial do Comércio, a exportação brasileira cresceu acima da média mundial. Houve avanço de 17,5%. O resultado levou à ampliação da participação do país nas vendas mundiais para 1,23% do total - contra 1,16% em 2016. Em 2013, antes da crise, o índice sido de 1,28%.
Mas ainda há muito campo para crescer. Entre as cerca de 3 milhões de empresas paulistas, apenas seis mil exportam, de acordo com Gustavo Carrer, consultor do Sebrae.
PARA SAIR DA ESTACA ZERO
No evento, os palestrantes foram unânimes em afirmar que exportar é uma maratona – não uma prova de 100 metros. Isso quer dizer que é necessário um extenso trabalho de preparação, comprometimento e tentativas (e erros) para conseguir manter uma agenda de vendas.
Um dos primeiros passos para tanto pode ser realizar um diagnóstico online no site do Sebrae. São 25 perguntas sobre a gestão do negócio, seus produtos e mercados e a fase de exportação em que se encontra a empresa.
O questionário gera um relatório, gratuito. De acordo com a maturidade, a empresa pode receber diferentes consultorias do Sebrae e ser convidada a participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), da APEX Brasil.
O Peiex é um projeto que visa estimular a competitividade e qualificar indústrias iniciantes em comércio exterior. Há visitas de técnicos que avaliam e ajudam a implementar melhorias em diversas áreas, como prospecção de mercado internacionais, marketing, distribuição, precificação, financiamento e envio de remessas.
As empresas também são convidadas a participar de feiras, convenções e rodadas de negócios internacionais.
Em São Paulo, há três núcleos de atendimento a empreendedores. Um deles é mantido em parceria com a SP Negócios, agência de promoção de exportação e investimentos do município de São Paulo, e a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap).
A faculdade é responsável por formar e ceder profissionais que orientam os empreendedores.
De acordo com Silvana Gomes, gerente executiva da SP Negócios, o programa ajuda a empresa a criar um plano de exportação, que envolve uma análise interna e do mercado internacional, adequação de produtos e serviços, precificação e negociação com estrangeiros.
Ela revelou que em 2017, o município exportou US$ 8 bilhões. Em 2018, a estimativa é otimista. No primeiro quadrimestre, houve crescimento de 70% no volume de vendas internacionais.
PRODUTOS E DISTRIBUIÇÃO
Uma das barreiras que afastam empreendedores da exportação é a adequação de produtos e embalagens para o consumidor estrangeiro. Com frequência, os países compradores adotam normas e regulamentações para garantir padrão de qualidade, segurança e proteção à saúde ao meio ambiente.
O lado positivo é que o governo paulista possui uma parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para subsidiar adequações de produtos para exportação.
Com foco em micro, pequenas e médias indústrias, o IPT oferece o PROGEX, programa que fornece consultoria em qualidade de produto e processos produtivos, redução de custos e qualificação para obtenção de selos e marcações internacionais.
Outra dica debatida no evento foi o Exporta Fácil, dos Correios, exposta pela executiva Denise Rodrigues. O sistema de logística simplificado permite que empresas e até pessoas físicas, como artesãos, envie produtos para 217 países.
O serviço possui fretes tabelados em reais (o que evita custos com mudanças cambiais) e realiza automaticamente o registro da exportação, entre outros documentos, junto à Receita Federal.
IMAGENS: Thinkstock e Adilson Araújo
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