O varejo foi obrigado a se mexer. As lojas online, a economia colaborativa e as redes sociais mudaram não só comércio, mas o mundo. Por isso, o ato de vender se tornou cada vez mais complexo.
Nas décadas anteriores, bastava um produto de qualidade, uma loja bonita e uma divulgação eficiente para conquistar os consumidores. Hoje, essa receita tem inúmeros ingredientes.
Para falar sobre essa ressignificação do comércio nos últimos anos, a GH & associados, reuniu um time de especialistas durante o Workshop Store Marketing.
“No passado, comprar e vender era mais simples porque não existia abundância”, afirma George Homer, fundador da GH & Associados. “As novas gerações não querem ter posse, eles querem usar. A experiência se tornou parte importante de todos os negócios”.
A reinvenção do varejo passa por três fatores: tecnologia, identidade de marca e ambiente.
MARCA
Para a Bianca Cerdeira e Liliane London, da Brand to Be, consultoria especializada em inteligência de marketing, a mudança é um dos componentes fundamentais para as marcas se adaptarem aos novos tempos.
Para conquistar os clientes, que estão cada vez mais exigentes, é necessário um processo muito mais amplo e complexo, que envolve a criação de uma identidade da marca, baseada principalmente nos valores da empresa.
Para tanto, a expressão branding deve entrar para o vocabulário dos comerciantes.
A interação das empresas com os consumidores também passa por um processo de reformulação. Hoje, as marcas devem entender a mentalidade dos clientes ao oferecer seus produtos ou serviços.
Um exemplo entre muitos: a Dove, marca de produtos de higiene da Unilever, está realizando essa inserção de forma efetiva. A empresa criou um posicionamento que busca enfatizar que a empresa é contra os padrões de beleza estabelecidos.
Outras empresas criam eventos especiais para engajar os clientes em atividades relacionadas a identidade da marca. A Nike, por exemplo, criou em algumas lojas espaços para aulas de ginástica e outras atividades físicas.
Muito mais importante do que apenas os produtos em si, o discurso e os valores que eles representam se tornaram um ponto fundamental para atrair os consumidores.
“O foco antes eram as vendas, agora elas são consequência”, afirma Bianca Cerdeira.
TECNOLOGIA
As inovações tecnológicas são um dos pontos cruciais do processo batizado de ressignificação do varejo.
Internet das coisas, drones, etiquetas inteligentes e robôs: as ferramentas e as possibilidades são muitas.
Regiane Romano, presidente da vip-systems, empresa especializada em tecnologias para o varejo, acredita que a adoção desses novos aparatos é caminho sem retorno.
Um dos problemas é que atualmente os comerciantes são inundados com uma quantidade enorme de novas ferramentas e nem sempre sabem qual devem adotar.
“Não coloque a tecnologia só porque é legal, mas porque ela atende a uma real necessidade do negócio”, afirma Regiane.
O uso de novas ferramentas tecnológicas pode ajudar a promover mais vendas e simplificar processos. Uma das marcas que fazem isso com efetividade é H&M, rede sueca de lojas de roupas e acessórios.
Na loja localizada na Times Square, em Nova York, por exemplo, a empresa colocou tablets nos provadores para que os clientes comprem online as peças que não acharam nas gôndolas. “São soluções acessíveis e simples, mas que são utilizadas com inteligência”, afirma Regiane.
AMBIENTE
Em tempos de e-commerce, a preocupação das lojas físicas com o ambiente se tornou cada vez mais frequente.
Não basta ter uma loja bonita e que atraia o olhar dos clientes. O mais importante, de acordo com Homer, é que as lojas contem suas histórias por meio dos recursos visuais.
Os varejistas devem criar ambientes que ajude os clientes a se desligarem do mundo ordinário e embarquem em um espaço mágico e livre de preocupações.
“As pessoas vão para as lojas não só para comprar, mas também para esquecerem seus problemas”, afirma Homer.
O ambiente das lojas também deve fazer parte da expressão da identidade de uma marca. A exposição dos produtos, as prateleiras, os cheiros, as cores e os sons ajudam a comunicar a cultura de uma empresa.
Outra tendência na criação de novas lojas são espaços dedicados a mais de uma função.
O Eataly é um dos pioneiros ao criar um mercado que abriga também restaurantes. O mesmo está acontecendo os supermercados estão cada vez mais dedicados a oferecer aos consumidores refeições rápidas.
FOTO: Thinkstock
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