No ano em que o Brasil saiu da recessão, é bem provável que o comércio eletrônico tenha voltado a crescer dois dígitos. De acordo com estimativas do Ebit, o segmento deve ter se expandido entre 10% e 12% em 2017.
Por outro lado, o impacto do aumento no faturamento nominal não deve ter reflexo relevante nas receitas das lojas online.
Em meio um cenário de queda nos preços, o tíquete médio das compras tem crescido abaixo do esperado. A estimativa do Ebit é de alta de 3,3% em 2017 – seis meses antes, a projeção era de 8%.
Para enfrentar a situação adversa, o e-commerce tem recorridos a novas táticas. Uma recente pesquisa apontou que 96% das varejistas brasileiras adotaram alguma ação para gerar receita extra no comércio eletrônico nos últimos dois anos.
Esse incremento de faturamento é aquele gerado a partir de bens e serviços que não fazem parte do negócio principal da empresa. Um exemplo é a venda de espaço publicitário no site da loja para outras marcas.
Foram consultados 57 executivos de comércio eletrônico das principais varejistas do Brasil, como Grupo Pão de Açúcar, Via Varejo, Lojas Americanas e Magazine Luiza.
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O levantamento foi conduzido pelo Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo e Mercado de Consumo, Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração e Affinion, consultoria que promove programas de engajamento.
De acordo com Vinicius Guimarães, coordenador de marketing e vendas da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb, o varejo online tem ganhado cada vez mais maturidade, o que faz com que as empresas busquem aproveitar o grande tráfego de usuários que chega à loja.
“Os e-commerces investem em mídia e atrai muitos potenciais compradores que também podem estar interessados em outros produtos e serviços além dos ofertados nas lojas”, afirma Guimarães.
Conheça, a seguir, três maneiras de gerar receita extra num pequeno e médio e-commerce.
MARKETING DE AFILIADOS
É uma forma de publicidade on-line na qual um e-commerce (afiliado) divulga produtos e serviços de anunciantes parceiros em troca de uma comissão, que pode ser gerada por meio de cliques, por vendas e outras ações específicas.
O meio mais comum é aderir ao Google Adsense, em que várias marcas pagam para o Google gerar anúncios que são distribuídos em outros sites, como o de lojas virtuais.
Neste caso, o dono da loja pode escolher os segmentos de anúncios que quer ter em seu site – o que evita anúncios de concorrentes.
“Esse formato requer cautela, pois se o e-commerce estiver repleto de pequenos anúncios, o consumidor pode confundir a propaganda com spam ou vírus”, afirma Guimarães.
VENDA DE SERVIÇOS
Nessa modalidade, a loja oferta para o consumidor que fez uma compra no site serviços complementares.
É o caso de lojas que vendem eletrodomésticos e oferecem garantia estendida, que é oferecido por outra empresa.
Ou uma agência de viagem que pode oferecer seguros para bagagem ou opções de hospedagem.
A loja recebe uma comissão sobre valor do serviço adquirido pelo consumidor.
Por ser uma relação entre marcas mais próxima do que o marketing de afiliados, o anúncio do serviço pode ser personalizado e integrado à página de carrinho de compra do e-commerce.
O formato é similar a uma oferta de up-selling, que encoraja o usuário a gastar um pouco mais, em troca de melhor retorno de benefícios.
OFERTA DE PRODUTOS DE OUTRAS LOJAS
O formato lembra o utilizado por grandes varejistas, como Lojas Americanas e Magazine Luiza, que operam marketplaces.
Funciona assim: a loja oferece produtos complementares aos clientes que já compraram ou estão em via de fechar um pedido.
Quando o cliente compra o item, um sistema de logística gera automaticamente um pedido no site parceiro. A mercadoria pode ser enviada para o estoque do e-commerce ou diretamente para o endereço do consumidor.
O e-commerce, então, ganha uma comissão sobre o valor do produto.
Recomenda-se escolher parceiros de confiança e com credibilidade, pois caso o produto não satisfaça a expectativa do cliente, a imagem negativa cairá sobre o e-commerce.
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